Oposição busca suspender recesso para formalizar pedido no Senado.
Deputado Cabo Gilberto Silva mobiliza oposição para suspender recesso e apresentar novo pedido de impeachment contra o ministro Moraes.
A mobilização liderada pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) promete agitar o cenário político nacional. A proposta de suspender o recesso parlamentar tem como objetivo viabilizar a formalização de um novo pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A Oposição em Movimento
A articulação para interromper o recesso ocorre em um momento de tensão entre os poderes. Cabo Gilberto, recentemente eleito líder da oposição, convocou seus colegas para se reunirem em Brasília no dia 29 de dezembro. A intenção é que, nesse dia, seja protocolado o requerimento junto ao Senado Federal, já que a Constituição determina que as solicitações de impeachment contra ministros do STF devem ser feitas nessa casa legislativa.
Os parlamentares estão motivados pela necessidade de dar uma resposta institucional aos chamados “excessos” de Moraes, que, segundo eles, têm comprometido a relação entre o Judiciário e o Legislativo.
Detalhes do Pedido
A estratégia da oposição inclui uma coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara, onde pretendem apresentar suas justificativas e reforçar a gravidade da situação política atual. Em nota, a liderança oposicionista enfatizou que a suspensão do recesso é uma medida necessária diante do que consideram um “absurdo institucional”. A nota ressalta a importância de agir com responsabilidade e coragem em tempos de crise.
Na semana anterior, um pedido de impeachment já havia sido protocolado no Senado, fundamentado em reportagens que ligavam Moraes a trocas de mensagens com Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central, sobre assuntos que poderiam levantar questões de conflito de interesse. Essa nova iniciativa, portanto, amplia a pressão sobre o STF e indica um embate crescente entre o Judiciário e a oposição parlamentar.
Contexto Político Atual
A situação atual remete a acontecimentos passados, como o movimento de julho, quando a bancada bolsonarista também pressionou pelo fim do chamado “recesso branco” após decisões do STF que afetaram o ex-presidente Jair Bolsonaro. Naquela ocasião, o presidente da Câmara, Hugo Motta, vetou reuniões de comissões durante o recesso.
O desenrolar dessa situação nos próximos dias pode definir o tom da relação entre os poderes e impactar a agenda política em 2026. A oposição, ao buscar visibilidade e ações concretas, dá um passo audacioso em um cenário já polarizado e tenso.
Fonte: baccinoticias.com.br
Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil
