A visita de Netanyahu a Trump: estratégia para reeleição em 2026

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Como a aliança entre Israel e EUA pode influenciar o futuro político de Netanyahu.

A visita de Netanyahu a Trump em Mar-a-Lago marca o início de sua campanha para as eleições de 2026, com a influência do presidente dos EUA sendo crucial.

A influência de Netanyahu e Trump na política israelense

A visita do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em Mar-a-Lago, é um passo estratégico em sua campanha para as eleições de 2026. Com o cenário político em Israel cada vez mais desafiador, essa aliança pode ser crucial para a reeleição de Netanyahu.

O contexto político atual

Israel está programado para realizar eleições em outubro de 2026, mas fatores como a crise de conscrição dos ultraortodoxos e prazos orçamentários podem antecipar este pleito. Neto de uma longa trajetória política, Netanyahu já enfrentou crises sem precedentes, incluindo a polêmica reforma judicial de 2023 e a devastadora guerra que se seguiu ao ataque do Hamas em outubro do mesmo ano. Apesar disso, seu governo se mantém, embora enfrente uma queda nas pesquisas de opinião, que indicam que sua coalizão não alcança a maioria necessária na Knesset.

A estratégia de reeleição

A estratégia de Netanyahu para sua reeleição parece girar em torno de se distanciar das falhas de sua administração, especialmente em relação ao ataque de outubro de 2023. A presença de Trump em sua campanha é vista como um trunfo. Nas eleições passadas, a imagem de ambos foi amplamente promovida, com Trump oferecendo apoio em momentos críticos, como o reconhecimento da soberania israelense nas Colinas de Golã. Essa relação é uma peça central na narrativa que Netanyahu pretende construir.

O papel de Trump

Trump, que já se mostrou um aliado importante, deve continuar a ser um elemento central na campanha de Netanyahu. A aprovação popular de Trump entre os israelenses, que chega a 76%, contrasta com a desaprovação do governo israelense, que é de apenas 40%. Isso indica que a associação com Trump pode ser benéfica para Netanyahu, que planeja promover acordos diplomáticos como a expansão dos Acordos de Abraão.

Desafios e oportunidades

Entretanto, o cenário não é isento de desafios. A paz no Oriente Médio, que Trump prometeu, ainda é uma meta distante, e a fragilidade do cessar-fogo em Gaza representa um risco. Netanyahu terá que equilibrar os interesses de sua coalizão de direita, que resiste a concessões, com a necessidade de avançar nas negociações de paz. Além disso, a dinâmica regional, com tensões envolvendo o Irã e a Síria, complica ainda mais sua posição.

Conclusão

A visita de Netanyahu a Trump pode ser vista como um movimento calculado para reforçar sua posição política antes das eleições. A relação entre os dois líderes é um reflexo das complexidades da política israelense e da influência que os EUA ainda exercem na região. À medida que se aproxima de 2026, a capacidade de Netanyahu em navegar por esses desafios determinará seu futuro político e o rumo das relações entre Israel e os Estados Unidos.

Fonte: www.cnn.com

Fonte: Getty Images

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