Relatório revela problemas estruturais no programa de saúde
Relatório da CGU destaca falhas no Mais Médicos, impactando a eficácia do programa.
Um recente relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) trouxe à tona falhas estruturais significativas no programa Mais Médicos, uma das principais iniciativas do governo federal para prover profissionais de saúde em áreas carentes. A auditoria, divulgada no dia 24 de dezembro de 2025, aponta que, embora a presença de médicos em regiões vulneráveis tenha aumentado, os resultados na redução das desigualdades regionais em saúde têm sido limitados.
O impacto do programa na saúde pública
Desde a sua implementação em 2013, o programa Mais Médicos já contou com um investimento de R$ 25,8 bilhões até 2024. No entanto, o relatório da CGU indica que o impacto positivo é apenas parcial, o que levanta questões sobre a eficácia da política pública. O documento destaca que, apesar dos esforços, a realidade da saúde em várias regiões do Brasil ainda apresenta grandes desafios.
Questões de transparência e regulamentação
Uma das preocupações centrais levantadas pela CGU refere-se à falta de transparência na gestão do programa. O relatório observa que dados cruciais, como a composição do colegiado responsável pelo programa, não estão disponíveis ao público, o que dificulta o controle social e a responsabilização das decisões tomadas. Além disso, a CGU menciona que o ato normativo que regulamenta aspectos importantes do programa está em tramitação, e que indenizações previstas ainda não foram pagas, o que compromete a atratividade e a execução do programa.
A resposta do Ministério da Saúde
Em resposta às críticas, o Ministério da Saúde reconheceu as falhas apontadas, mas não forneceu prazos para a correção dos problemas. A falta de regulamentação para o recesso anual dos médicos também foi mencionada, evidenciando a fragilidade da estrutura que sustenta o Mais Médicos.
Conclusão
Diante dessas constatações, o futuro do programa Mais Médicos se torna incerto, e é essencial que medidas sejam tomadas para garantir não apenas a manutenção da presença de médicos nas áreas necessitadas, mas também para assegurar a transparência e a eficácia das ações do governo na área da saúde.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Marcelo Camargo / Agência Brasil