A violência gerada por um desentendimento financeiro expõe questões mais profundas.
Um casal de empresários enfrentou momentos de terror em Porto de Galinhas após um desentendimento sobre o aluguel de cadeiras na praia.
Um momento de terror sob o sol
No último sábado, 27 de dezembro de 2025, um casal de empresários de Mato Grosso, Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, viveu uma experiência aterrorizante em Porto de Galinhas, Pernambuco. O que deveria ser um dia de lazer à beira-mar se transformou em uma cena de violência chocante, levada a cabo por um grupo de cerca de 20 pessoas, supostamente comerciantes locais. Esse incidente, que gerou revolta e discussões nas redes sociais, deixou marcas profundas não apenas físicas, mas também emocionais, levantando questões sobre segurança e discriminação.
O estopim da violência
O conflito começou quando o casal foi confrontado com uma cobrança inesperada. Inicialmente, o acordo para o aluguel de duas cadeiras na praia era de R$ 50, sem a exigência de consumo. No entanto, ao solicitar a conta após consumir apenas águas de coco, foram surpreendidos por uma cobrança de R$ 80. Ao questionarem o aumento, a situação rapidamente escalou para uma agressão física. Johnny relata que o primeiro ataque foi com uma cadeira arremessada em seu rosto, seguido por chutes e socos provenientes de um grupo que parecia determinado a causar dano.
Motivações e discriminação
Johnny Andrade expressou sua preocupação de que a agressão pode ter sido exacerbada por motivações homofóbicas, uma vez que ele e Cleiton são um casal gay. As palavras de Johnny trazem à tona um debate necessário sobre a segurança da comunidade LGBTQ+ em espaços públicos, especialmente em destinos turísticos. O medo de represálias e a falta de um ambiente seguro para se expressar livremente são preocupações que muitos enfrentam, e o ataque deles é um exemplo alarmante dessa realidade.
Desamparo e falta de assistência
Além da violência física, o casal enfrentou dificuldades ao buscar assistência médica. A ausência de ambulâncias na localidade e a falta de um suporte adequado na delegacia forçaram os empresários a recorrer a um aplicativo de transporte para se deslocar até uma unidade de saúde em Ipojuca. A situação ficou ainda mais surreal quando, durante o atendimento médico, policiais entregaram os pertences do casal com um pedido insólito: a exigência de um comprovante de pagamento referente ao valor contestado do aluguel. Com medo de novas retaliações, o casal se viu obrigado a realizar a transferência ainda no hospital, evidenciando a falta de empatia nas circunstâncias enfrentadas.
Reações e falta de responsabilidade
O caso rapidamente ganhou notoriedade nas redes sociais, gerando uma onda de indignação. No entanto, até o momento, tanto a Prefeitura de Ipojuca quanto a associação local de barraqueiros não se pronunciaram sobre a questão da fiscalização dos preços e da conduta dos comerciantes envolvidos. A falta de uma resposta oficial levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades em garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os turistas e moradores.
O episódio é um lembrete sombrio de que, em pleno 2025, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e os direitos de todos, independentemente de sua orientação sexual ou origem. A comunidade local e as autoridades precisam se unir para evitar que casos como esse se repitam, promovendo um turismo que priorize a segurança e o respeito mútuo.
Fonte: portalleodias.com
Fonte: Casal agredido em Porto de Galinhas (Reprodução / X)