Impactos da Selic alta em 2025: um desafio para a economia brasileira

Claudio Gatti/Brazil Economy

Análise do CEO da Monkey sobre os efeitos da taxa de juros.

A Selic alta em 2025 está prejudicando a produção e o investimento no Brasil, segundo Gustavo Medeiros, CEO da Monkey.

Desafios da Selic alta na economia brasileira

A economia brasileira enfrentou um 2025 repleto de desafios, onde a Selic alta, em torno de 15%, tornou-se um fator crucial para a restrição de investimentos. Essa situação foi analisada por Gustavo Muller Medeiros, CEO da Monkey, que destacou os efeitos nocivos dessa taxa elevada sobre o setor produtivo e a inovação no Brasil.

O cenário econômico em 2025

O ano foi marcado por um paradoxo: enquanto o desemprego estava em níveis historicamente baixos, os juros permaneciam elevados, criando um ambiente propício para distorções econômicas. De acordo com Medeiros, a alta taxa de Selic prejudica não apenas as grandes indústrias, mas também o ecossistema de startups, que depende de um apetite a risco para atrair investimentos.

O impacto direto sobre as empresas

Medeiros ressalta que o aumento dos juros trouxe implicações diretas para as empresas. Muitas delas, que haviam se endividado em um cenário de juros baixos, agora enfrentam custos de financiamento exorbitantes ao tentar renovar suas dívidas. Esse fenômeno resultou em um aumento significativo de pedidos de recuperação judicial, refletindo a fragilidade do setor produtivo diante de uma política monetária restritiva.

A imprevisibilidade como um fator determinante

Outro ponto destacado pelo CEO da Monkey é a imprevisibilidade econômica. A Selic alta, segundo ele, é consequência de um desequilíbrio fiscal que gera incertezas e pressões sobre o ambiente de negócios. A combinação entre uma política monetária restritiva e a instabilidade fiscal resulta em um cenário complexo, onde o investimento é sufocado e o crescimento sustentável torna-se um desafio.

O impacto nas startups e na inovação

As startups, em particular, estão sentindo os efeitos da alta dos juros. Medeiros explica que o capital para inovação se torna escasso, pois os investidores preferem alocar recursos em ativos mais seguros. Essa mudança no comportamento do investidor tem um efeito direto sobre o crescimento do setor, que já enfrenta dificuldades para se expandir.

O futuro da Monkey e a expansão internacional

Apesar do cenário desafiador, a Monkey conseguiu crescer aproximadamente 30% em 2025. Medeiros projeta que a expansão internacional será um dos principais motores de crescimento da empresa em 2026, aumentando a receita proveniente de mercados externos, como os Estados Unidos e o México. Ele acredita que a diversificação geográfica permitirá à empresa mitigar os riscos associados ao mercado brasileiro.

Duplicata escritural: uma mudança significativa

Por fim, Medeiros comenta sobre a introdução da duplicata escritural, que promete transformar o acesso ao crédito para empresas brasileiras. Embora o impacto imediato seja limitado, ele acredita que, a partir de 2027, essa nova ferramenta poderá facilitar o financiamento e oxigenar a economia, especialmente para as médias e pequenas empresas.

A análise de Gustavo Muller Medeiros revela como a Selic alta continua a ser um desafio persistente para a economia brasileira em 2025, impactando diretamente o investimento e a capacidade de crescimento das empresas.

Fonte: brazileconomy.com.br

Fonte: Claudio Gatti/Brazil Economy

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