A reestruturação da estatal busca reequilibrar suas contas até 2027.
Os Correios anunciaram a reabertura do PDV visando cortar 15 mil funcionários até 2027, parte de um plano maior de reestruturação.
A nova estratégia dos Correios
A recente apresentação do Programa de Demissão Voluntária (PDV) pelos Correios marca um passo crucial na reestruturação da estatal, que enfrenta desafios financeiros severos. O plano, que visa a adesão de até 15 mil funcionários, é uma resposta direta à necessidade de reequilibrar as contas da empresa até 2027, após um período de perdas significativas.
O cenário atual dos Correios
A empresa, que atualmente conta com cerca de 83 mil funcionários, anunciou que pretende cortar aproximadamente 18% da sua força de trabalho. O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, destacou que a reabertura do PDV ocorrerá em janeiro de 2026, com a expectativa de que 10 mil empregados se afastem no primeiro ano e 5 mil no segundo. Essa decisão é parte de um plano mais amplo que busca não apenas reduzir custos, mas também modernizar a estrutura da empresa.
Impactos financeiros e previsões
Com a implementação do PDV, os Correios esperam economizar cerca de R$ 2,1 bilhões por ano a partir de 2028. Além da demissão voluntária, o plano inclui o fechamento de mil agências e a formação de novas parcerias com a iniciativa privada, visando garantir a sustentabilidade financeira a médio e longo prazo. A previsão é que essa reestruturação permita que a estatal retome a lucratividade, a qual se encontra em uma trajetória negativa desde 2023.
Medidas adicionais e financiamento
Em um esforço para estabilizar suas finanças, os Correios firmaram um contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com instituições financeiras, que será utilizado para quitar dívidas e compromissos em atraso. Esse contrato, com um prazo de 15 anos, está condicionado à implementação do plano de reestruturação e tem como objetivo assegurar o capital de giro necessário para novos investimentos.
A combinação dessas medidas reflete um esforço consciente para não apenas cortar custos, mas também para reposicionar a empresa em um mercado cada vez mais competitivo. A situação fiscal dos Correios, marcada por um prejuízo de R$ 6,1 bilhões acumulado entre janeiro e setembro de 2025, evidencia a urgência dessas mudanças. Rondon enfatizou que a meta principal é preparar a companhia para um novo modelo de negócios que possa garantir sua viabilidade no futuro.
Fonte: www.metropoles.com