Interrogatório da PF sobre Venda Bilionária do Banco Master

Rovena Rosa/Agência Brasil

Suspeitas de irregularidades marcam audiência que envolve figuras-chave do setor financeiro.

A Polícia Federal interrogará o dono do Banco Master e outros diretores sobre a tentativa de venda ao BRB, que envolve R$ 12,2 bilhões.

Lead: Interrogatório da PF

A Polícia Federal inicia nesta terça-feira (30) uma série de interrogatórios que prometem abalar o setor financeiro brasileiro. O foco é a tentativa de venda do Banco Master ao BRB, uma operação bilionária que levanta sérias suspeitas de irregularidades. O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, são algumas das figuras centrais que serão ouvidas.

Contexto da Investigação

A audiência, marcada pelo ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal, foi estabelecida em um contexto de crise no sistema financeiro. A operação de R$ 12,2 bilhões, que visava a venda do Banco Master ao BRB, foi barrada após o Banco Central identificar inconsistências técnicas. A liquidação do Banco Master, decretada em novembro, trouxe à tona indícios de fraudes que podem impactar significativamente o setor.

Programação dos Interrogatórios

A sequência dos interrogatórios será a seguinte:
14h00: Início dos depoimentos, começando com o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro.
A seguir: Audiência do ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

  • Por fim: O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

Esses depoimentos ocorrerão de forma separada e, se necessário, uma acareação poderá ser realizada para confrontar as versões apresentadas.

Participação do Banco Central

O Banco Central, que supervisionou a negociação, também será um ponto focal na investigação. O ministro Toffoli destacou que, mesmo não sendo investigado formalmente, a participação da autarquia é crucial para esclarecer os fatos. A resistência de outros diretores do BC à operação será um aspecto a ser considerado durante os depoimentos.

Questões Jurídicas

A Procuradoria-Geral da República havia solicitado o adiamento da acareação, argumentando que o procedimento era prematuro. No entanto, Toffoli rejeitou esse pedido, enfatizando a urgência de esclarecer os fatos devido ao impacto que a situação pode ter no sistema financeiro nacional.

Repercussões no Tribunal de Contas da União

Além da investigação da PF, o Tribunal de Contas da União também está examinando a atuação do Banco Central no caso. O ministro Jhonatan de Jesus solicitou esclarecimentos sobre a liquidação do Banco Master, questionando se a decisão foi precipitada. O BC apresentou suas explicações ao TCU na segunda-feira (29).

A situação é tensa e o desdobramento dos interrogatórios pode trazer à tona novas evidências e esclarecimentos sobre a complexa operação financeira que envolveu o Banco Master e o BRB. As audiências estão sendo acompanhadas de perto, tanto pelo público quanto por autoridades do setor.

Fonte: baccinoticias.com.br

Fonte: Rovena Rosa/Agência Brasil

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