Mudanças nas importações de carne bovina impactam Brasil após decisão da China

Medidas de salvaguarda e aumento de tarifas podem afetar o mercado brasileiro de carne.

Decisão da China sobre cotas e tarifas adicionais impacta diretamente as exportações de carne bovina do Brasil.

Consequências da nova política de importação da China

A China anunciou medidas de salvaguarda que vão afetar diretamente as importações de carne bovina. A partir de 1º de janeiro de 2026, será aplicada uma tarifa adicional de 55% sobre volumes que ultrapassarem a cota estabelecida para cada país. Essa nova regulamentação se estenderá até 31 de dezembro de 2028.

O que muda para o Brasil

Como principal fornecedor de carne bovina para a China, o Brasil terá uma cota de exportação de 1,106 milhão de toneladas para este ano, aumentando gradualmente para 1,128 milhão de toneladas em 2027 e 1,154 milhão de toneladas em 2028. No entanto, a imposição de tarifas adicionais pode provocar uma desaceleração nas vendas, especialmente no primeiro semestre de 2026.

Análise do mercado

Felipe Fabbri, analista de proteína animal da Scot Consultoria, aponta que, apesar da nova política, o impacto imediato no mercado físico do boi deve ser limitado. O aumento nas tarifas pode levar a uma diminuição nas compras da China, que já se abasteceu bem em 2025. Além disso, a menor oferta de boiadas nos meses iniciais do ano pode favorecer a manutenção dos preços.

Expectativas para o futuro

O cenário atual é complexo, pois coincide com uma maior presença dos Estados Unidos no mercado de carne bovina, que já não enfrenta as tarifas anteriores. Assim, a competição poderá aumentar, exigindo que o Brasil se adeque a essa nova realidade.

O que esperar

  • Cotas e tarifas: A nova política de importação da China pode levar a um aumento nos preços da carne bovina no Brasil, especialmente se a demanda chinesa aumentar no segundo semestre de 2026.
  • Menor volume de compras: Com a aplicação das tarifas, é provável que o volume de compras caia no primeiro semestre, afetando a dinâmica do mercado.
  • Concorrência internacional: O Brasil deve estar preparado para uma competição mais acirrada, especialmente com a reabertura do mercado norte-americano.

Serviço e segurança no agronegócio

Com as mudanças no comércio internacional, é essencial que os produtores brasileiros estejam informados e preparados para se adaptar às novas exigências do mercado. Acompanhar as diretrizes do governo chinês e a evolução das tarifas será crucial para garantir a competitividade do Brasil no setor de carne bovina.

Fonte: www.moneytimes.com.br

PUBLICIDADE

VIDEOS

JOCKEY

Relacionadas: