Mudanças nas regras do Kennedy Center favorecem membros indicados por Trump

by Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

A polêmica mudança de nome e as novas diretrizes de votação levantam questões éticas

Mudanças nas regras do Kennedy Center limitam votação a membros indicados por Trump, gerando polêmica e críticas.

Consequências imediatas da mudança

As recentes alterações nas regras do Kennedy Center, que agora permitem apenas que membros do conselho indicados por Donald Trump votem em mudanças como a do nome, têm gerado intensa polêmica. A decisão foi tomada antes da votação que alterou oficialmente o nome da instituição para “Donald J. Trump e o Memorial John F. Kennedy para as Artes Cênicas”. Essa mudança não apenas provoca reações adversas no meio artístico, mas também suscita questões éticas e legais sobre a governança de uma das principais instituições culturais dos Estados Unidos.

Contexto das novas regras

O Kennedy Center, que possui 34 membros do conselho nomeados pelo presidente, alterou suas regras em maio para especificar que apenas esses membros poderiam votar. Os membros ex officio, que incluem figuras como o bibliotecário do Congresso e o prefeito de Washington, D.C., não têm mais direito a voto. Essa mudança de estatuto foi interpretada como uma manobra para garantir o controle do conselho sob a administração Trump.

Detalhes sobre a mudança de nome

A votação que resultou na mudança de nome ocorreu em 18 de dezembro, e imediatamente após, novas placas com o nome revisado foram colocadas na fachada do Kennedy Center. Essa ação rápida e decisiva levantou questionamentos sobre a validade legal da mudança, uma vez que, segundo críticos, a nomeação do centro foi estabelecida por um ato do Congresso, o que, teoricamente, exigiria um novo ato legislativo para qualquer alteração.

Reações da comunidade artística

A controvérsia não se limitou ao âmbito legal. Muitos artistas cancelaram apresentações programadas no Kennedy Center em sinal de protesto. Chuck Redd, que lidera um tradicional evento de jazz no local, decidiu cancelar sua apresentação após a mudança de nome. “Quando vi a alteração no site do Kennedy Center, decidi que não poderia participar”, declarou. Além disso, houve um aumento no número de artistas e conselheiros que se afastaram do centro como forma de protesto.

A resposta política

A resposta política a essas mudanças também tem sido significativa. Representantes Democratas, como April McClain Delaney, introduziram legislação para remover o nome de Trump do centro. Joyce Beatty, outra representante, entrou com um processo, argumentando que a mudança viola a Constituição, já que o nome do centro foi estabelecido por uma lei do Congresso. Beatty, com o apoio de seu advogado, Norman Eisen, destacou que o centro foi concebido como um memorial vivo ao presidente Kennedy, devendo ser um símbolo das artes para todos os americanos, transcendente de inclinações políticas.

Como participar da discussão

A controvérsia em torno do Kennedy Center não é apenas um assunto de interesse político, mas também cultural. Para aqueles que desejam se envolver, há várias maneiras de contribuir para a discussão:
Acompanhar as atualizações: Fique atento às novidades sobre o Kennedy Center e as reações da comunidade artística e política.
Participar de eventos: Considere participar de eventos e discussões sobre o impacto cultural e político das mudanças.

  • Engajar nas redes sociais: Use plataformas como Twitter e Facebook para expressar suas opiniões e apoiar a causa que mais ressoa com você.

Desdobramentos futuros

O futuro do Kennedy Center, sob a liderança de Trump, continua incerto. Enquanto ele busca transformar a instituição, a controvérsia gerada pelas novas regras e pela mudança de nome poderá ter repercussões a longo prazo, afetando tanto sua imagem quanto sua relação com a comunidade artística e o público em geral.

Fonte: www.rollingstone.com

Fonte: by Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

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