A estatal enfrenta desafios em um cenário de queda do petróleo e expectativas frustradas.
As ações da Petrobras tiveram desempenho negativo em 2025, refletindo uma série de fatores que impactaram o mercado.
Consequências do desempenho negativo da Petrobras
A Petrobras (PETR4) encerrou o ano de 2025 com uma desvalorização de 5,58%, enquanto suas ações ordinárias (PETR3) caíram 9,50%. Este resultado marca a primeira vez desde 2020 que a estatal apresenta um desempenho negativo. O cenário foi influenciado por vários fatores, que incluem a queda no preço do petróleo e expectativas frustradas dos investidores.
Cenário econômico e desafios enfrentados pela Petrobras
Durante 2025, o preço do petróleo Brent, que serve como referência internacional, caiu quase 20%. Essa desvalorização teve um impacto direto nas ações da Petrobras, que chegaram a registrar máximas históricas, mas não conseguiram sustentar esse fôlego. A expectativa gerada em torno do novo plano estratégico da empresa, divulgado em novembro, contribuiu ainda mais para a incerteza no mercado.
Fatores que impactaram o desempenho
- Queda no preço do petróleo: O Brent perdeu valor, afetando as receitas da estatal.
- Mudança na política de dividendos: Dividendos menos generosos em comparação a anos anteriores foram um fator desmotivador para os investidores.
- Expectativa de resultados financeiros: Mesmo com lucros robustos, a falta de dividendos extraordinários gerou descontentamento.
Resultados financeiros e investimentos
Apesar das dificuldades, a Petrobras reportou um lucro de R$ 94,6 bilhões nos primeiros nove meses de 2025. O Ebitda ajustado foi de R$ 177,3 bilhões, com um fluxo de caixa livre de R$ 72,3 bilhões. O investimento na empresa também cresceu, com um capex de US$ 14 bilhões, um aumento de quase 29% em relação a 2024.
- Dívida bruta: US$ 70,7 bilhões, com um aumento de 3,9%.
- Dívida líquida: US$ 59,1 bilhões, com um prazo médio confortável de 11,36 anos.
Expectativas para o futuro
Para os próximos cinco anos, a Petrobras planeja distribuir entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões em dividendos. Essa previsão é praticamente a mesma do plano anterior, mas sem promessas de dividendos extraordinários.
A Petrobras também continua a expandir suas operações, arrematando áreas em campos no pré-sal e avançando na exploração da Foz do Amazonas, o que pode trazer novas oportunidades de crescimento no futuro. Com isso, resta saber como a empresa lidará com os desafios e se conseguirá reverter o desempenho negativo em um cenário de mudança constante no mercado de petróleo.
Fonte: www.moneytimes.com.br
