Entre 2019 e 2023, o número de médicos no Brasil cresceu 23,6%, alcançando 502,6 mil profissionais, conforme dados divulgados pelo IBGE na Síntese de Indicadores Sociais 2024. Esse crescimento, mais robusto do que o observado no período anterior (2015-2019), quando o aumento foi de 16,4%, ocorreu de forma mais expressiva na rede privada, com avanço de 29,7%, enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um incremento de 21,2%.
Os dados revelam que, em 2023, o Brasil contava com 23,7 médicos por 10 mil habitantes, um aumento em relação a 2022, quando eram 22,5. Ainda assim, o índice permanece abaixo de países como México (25,6) e Canadá (25), mas supera a República Dominicana (22,3) e a Turquia (21,7).
Além do aumento no número de médicos, os enfermeiros apresentaram o crescimento mais expressivo no período analisado, com um salto de 39,2%, passando de 260,9 mil em 2019 para 363,1 mil em 2023. Esse aumento reflete a maior demanda por profissionais de saúde durante a pandemia de covid-19, que também impulsionou melhorias na infraestrutura hospitalar.
O número de leitos complementares – como os de isolamento e unidades de terapia intensiva (UTI) – cresceu mais de 30% em relação ao período pré-pandêmico, passando de 59,1 mil em janeiro de 2020 para 76,9 mil em 2022, permanecendo estável desde então. A disponibilidade de tomógrafos também aumentou, de 2,3 para 3 por 100 mil habitantes entre 2019 e 2023, evidenciando o esforço para modernizar o sistema de saúde.
A pesquisa do IBGE reflete um período de transformação impulsionado pelas necessidades geradas pela pandemia, destacando não apenas o aumento de profissionais, mas também avanços na infraestrutura de saúde e na oferta de serviços especializados, fundamentais para atender às demandas crescentes da população.
