O ano de 2025 se desenha como um período de desafios econômicos. Projeções indicam uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com expectativa de avanço de apenas 2%, após anos consecutivos de expansão superior a 3%. A inflação deve se manter perto de 5%, pressionada pelo aumento dos custos de produção e serviços, enquanto a taxa básica de juros (Selic) pode chegar a 15%, encarecendo o crédito para empresas e consumidores. O cenário também aponta para um mercado de trabalho menos aquecido e uma retração nos investimentos públicos e privados. Diante desse contexto, muitos empreendedores avaliam a necessidade de cortar custos em prol da sustentabilidade do negócio.
Em momentos como esse, o departamento de marketing costuma ser um dos primeiros setores a sofrer reduções orçamentárias nas organizações. Contudo, especialistas alertam que essa abordagem pode ser um erro. Por exemplo, um estudo realizado em 2022 pela Nielsen, no pós-pandemia de COVID-19, mostra que empresas que continuam investindo em marketing durante crises tendem a se recuperar mais rapidamente e ampliar sua participação de mercado. Já Leonardo Oda, especialista em marketing e CEO da LEODA Inteligência de Marketing, sugere que fortalecer a base de clientes, fidelizá-los e criar estratégias de retenção são passos essenciais para a estabilidade do negócio em tempos de recessão.
Todos esses argumentos ganham força quando se leva em consideração que, em tempos de retração econômica, a aquisição de novos clientes se torna mais onerosa. Dessa forma, a prioridade deve ser manter os compradores e/ou usuários atuais e aprofundar o relacionamento com eles. “O marketing precisa ser encarado como um investimento estratégico e não como um custo, principalmente em pequenas e médias empresas. Isso porque as organizações que mantêm uma comunicação eficaz e fortalecem o relacionamento com seus consumidores-chave são as que se destacam e sobrevivem em cenários de recessão”, defende Oda.
Estratégias de marketing para enfrentar a crise
Para fortalecer o relacionamento com os clientes e otimizar suas estratégias de marketing, Leonardo Oda sugere abordagens baseadas na análise detalhada da jornada do consumidor, na comunicação segmentada e no uso de programas de fidelização.
1) Entender a jornada de compra para personalizar a comunicação
A jornada de compra de um cliente não segue um caminho linear, mas um processo que envolve pesquisa, comparação e decisão. Empreendedores que compreendem essa trajetória conseguem antecipar necessidades e oferecer soluções no momento certo.
Para otimizar esse processo, um passo necessário é a definição da persona, um perfil detalhado do cliente ideal, baseado em dados e comportamentos reais. Quanto mais precisa for essa caracterização, mais eficazes serão as estratégias de marketing e comunicação.
Para Oda, em um cenário de crise, entender a jornada de compra e segmentar a comunicação com base em uma persona bem definida não é apenas uma estratégia eficiente — é uma necessidade. Empresas que dominam esses conceitos conseguem otimizar seus investimentos e transformar incertezas em oportunidades, fortalecendo sua presença no mercado e criando relações mais sólidas com seus clientes.
2) Marketing de conteúdo e comunicação segmentada
Em tempos de crise, a comunicação precisa ser ainda mais estratégica e direcionada. Nesse contexto, o Marketing de Conteúdo é uma abordagem que permite às empresas atrair e educar clientes por meio de materiais relevantes, como blogs, e-books e webinars. Essa estratégia não apenas ajuda a construir autoridade no mercado, mas também cria uma conexão mais sólida com o consumidor ao oferecer informações úteis que o auxiliam na tomada de decisões.
Aliada a tudo isso, está a Comunicação Segmentada, que possibilita que a mensagem certa chegue ao público certo, nos canais adequados. Além de diversificar os canais — como e-mail marketing, WhatsApp e eventos exclusivos — a mensagem precisa ser adaptada ao comportamento do consumidor para gerar valor real e fortalecer vínculos. “A proximidade gerada por uma comunicação bem direcionada impacta diretamente na lealdade dos clientes, que percebem mais valor na relação com a marca”, explica Oda.
3) Programas de fidelização para retenção de clientes
Para atravessar períodos de crise, não basta atrair clientes; é preciso mantê-los engajados e incentivar sua lealdade. Nesse contexto, os programas de fidelização contribuem para reforçar o vínculo entre consumidor e marca.
Estratégias como cashback, promoções escalonadas e benefícios exclusivos criam incentivos para a recompra e fazem com que os clientes percebam maior valor na relação com a marca. “Aqueles que estruturam estratégias para valorizar seus consumidores fiéis conseguem aprimorar o fluxo de receita e o relacionamento no longo prazo”, destaca Oda.
Além dos programas tradicionais de fidelidade, oferecer experiências personalizadas e um atendimento diferenciado também faz diferença na percepção do cliente.
Crise também é oportunidade
Em resumo, os desafios econômicos previstos para 2025 não devem ser vistos apenas como um período de retração, mas como um momento para inovação e reposicionamento estratégico. “Empresas que usam esse período para refinar processos, adaptar produtos e serviços às novas necessidades do mercado e ampliar sua presença digital podem encontrar oportunidades de crescimento onde muitos enxergam apenas dificuldades”, conclui Leonardo Oda.
Sobre Leonardo Oda – Leonardo Oda é fundador e CEO da LEODA Inteligência de Marketing, especializada em estratégias de marketing baseadas em dados e inovação. Desde 2016, a LEODA oferece soluções estratégicas que ajudam empresas a alcançar resultados mensuráveis e eficazes, alinhando criatividade e eficiência. Para saber mais, acesse https://leoda.com.br/ ou siga no Instagram e LinkedIn: @leodamkt.