terça-feira, julho 1, 2025

Escândalo no Corinthians: Investigação policial aponta elo entre dirigentes e o crime organizado em caso VaideBet

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A Polícia Civil de São Paulo está investigando um possível esquema de desvio de dinheiro envolvendo dirigentes do Corinthians e o crime organizado, no âmbito do contrato de patrocínio com a VaideBet. A investigação rastreou recursos do contrato e identificou o repasse de valores para contas ligadas a pessoas com histórico no submundo do crime.

Quebras de sigilo bancário revelaram que R$ 1,4 milhão, referente a comissões do patrocínio, circularam por contas suspeitas. Parte desse montante chegou a uma conta ligada a Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, empresário delator do PCC, assassinado em novembro de 2024. A conclusão do inquérito policial está prevista para este mês.

A investigação aponta que o dinheiro desviado foi transferido para a Rede Social Media Design, empresa de Alex Cassundé, em duas remessas de R$ 700 mil. Posteriormente, a empresa de Cassundé repassou valores para a Neoway Soluções Integradas, de Edna Oliveira dos Santos, moradora de Peruíbe, que alega desconhecer o caso. As informações foram inicialmente divulgadas pelo SBT e confirmadas pela CNN.

Os investigadores também descobriram que a Neoway transferiu cerca de R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que, por sua vez, fez repasses para a UJ Football Talent Intermediação, totalizando R$ 870 mil. A UJ foi citada por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach em sua delação, que apontou Danilo Lima, conhecido como “Tripa”, suposto integrante do PCC, como controlador informal da empresa.

Além de Alex Cassundé, a Polícia Civil também investiga membros da diretoria de Augusto Melo. O próprio Augusto Melo, Marcelo Mariano e Sérgio Moura foram ouvidos pelas autoridades. Segundo a CNN, os depoimentos dos três divergiram, especialmente sobre a apresentação de Alex Cassundé, considerado o intermediário na negociação com a VaideBet. A suspeita é que os crimes investigados sejam lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em nota, o Corinthians se manifestou, afirmando não ter responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do clube. “O inquérito policial está sob segredo de justiça, portanto não teremos nenhum comentário a adicionar. O Corinthians não tem responsabilidade por qualquer direcionamento de dinheiro que não esteja na conta bancária do Clube”, diz trecho do comunicado.

O contrato com a VaideBet, anunciado em janeiro de 2024 como o maior patrocínio máster do futebol brasileiro, foi rescindido em junho, após cinco meses. A decisão da empresa ocorreu em meio às polêmicas envolvendo a suspeita de um “laranja” no contrato firmado entre as partes. A empresa Rede Social Media Design LTDA, que intermediou o acordo, é suspeita de repassar parte da comissão para a Neoway Soluções Integradas, de Edna Oliveira dos Santos, que nega envolvimento no caso. Diante das acusações, a VaideBet notificou o Corinthians sobre a violação de uma cláusula anticorrupção presente no contrato.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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