A confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil desencadeou uma resposta coordenada do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que já vinha se preparando para essa eventualidade. O plano de contingência, elogiado tanto por membros do governo quanto da oposição, busca conter a disseminação do vírus e proteger a economia do setor avícola.
A preparação do Mapa era fundamental, visto que a gripe aviária já havia sido detectada em outras partes do mundo e, no Brasil, em aves silvestres e de subsistência. A percepção dentro do ministério era de que a chegada do vírus a uma criação comercial era iminente, o que motivou a elaboração de medidas preventivas desde 2023.
Uma das ações mais importantes foi a assinatura de acordos de regionalização com grandes importadores de carne de frango brasileira, como Japão, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas. Esses acordos permitem que, em caso de surto, as suspensões de exportação se limitem à região afetada, evitando prejuízos generalizados para os produtores.
“Todas as ações previstas no plano de contingência estão sendo executadas com eficiência”, garantiu o ministério. As inspeções na zona de emergência seguem em ritmo acelerado e a maioria das propriedades já foi vistoriada. Até o momento, apenas duas novas suspeitas foram registradas, sem impacto comercial.
Embora alguns países com acordos de regionalização ainda não tenham se manifestado formalmente, as exportações para esses mercados permanecem liberadas. A expectativa do Mapa é de que as suspensões comerciais temporárias, caso ocorram, sejam revertidas em até 60 dias. A resposta rápida e o planejamento prévio demonstram a seriedade com que o governo está lidando com a situação.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br