A União Europeia (UE) e o Reino Unido anunciaram, nesta terça-feira, um novo pacote de sanções direcionado à Rússia, intensificando os esforços para conter a capacidade de Moscou de financiar a guerra na Ucrânia. As medidas visam a “frota fantasma” de petroleiros e empresas financeiras que facilitam a evasão das sanções já existentes, buscando estrangular ainda mais as fontes de receita do Kremlin.
O anúncio ocorre em um momento de crescente frustração em relação à postura dos Estados Unidos. Apesar de intensos esforços diplomáticos de líderes europeus, o governo americano, liderado por Donald Trump, ainda não se juntou formalmente às novas sanções. Essa hesitação levanta questionamentos sobre a unidade ocidental na resposta à agressão russa.
Fontes indicam que líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia viajaram a Kiev no início do mês, sinalizando um compromisso renovado com a Ucrânia e a imposição de custos mais elevados à Rússia. Paralelamente, houve apelos diretos a Trump, buscando convencê-lo a alinhar a política americana com a europeia.
Apesar das sanções, o Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, expressou ceticismo quanto à disposição real de Vladimir Putin em buscar uma solução pacífica para o conflito. “Putin está claramente ganhando tempo, infelizmente temos que dizer que Putin não está realmente interessado na paz”, afirmou Pistorius.
Enquanto isso, a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, sinalizou que mais sanções estão sendo consideradas, enfatizando a determinação europeia em aumentar a pressão sobre Moscou. “Quanto mais tempo a Rússia travar a guerra, mais dura será nossa resposta”, escreveu Kallas, em uma mensagem clara de que a UE não recuará em seu apoio à Ucrânia.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br