O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, será recebido com honras militares pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, em Berlim nesta quarta-feira. O encontro ocorre em um momento crucial, após a Alemanha ter autorizado Kiev a utilizar mísseis de longo alcance contra alvos na Rússia. A expectativa é que Zelensky aproveite a oportunidade para reforçar o pedido por mais armamentos, incluindo os mísseis Taurus, de fabricação alemã e sueca.
Esta será a terceira reunião entre Merz e Zelensky em menos de um mês, demonstrando a crescente importância do apoio alemão para a Ucrânia. Em maio, Merz já havia visitado Kiev ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e do presidente francês, Emmanuel Macron. A intensificação dos encontros reflete a busca por soluções diplomáticas e o fortalecimento da aliança ocidental em face do conflito.
A pressão por mísseis Taurus ganha força diante da recente escalada nos ataques. Na segunda-feira, o governo russo criticou a decisão dos aliados da Ucrânia de suspender a proibição de Kiev disparar mísseis de longo alcance contra a Rússia, classificando-a como “perigosa”. A declaração de Merz de que não havia mais restrições de alcance para armas fornecidas pelo Ocidente também gerou forte reação em Moscou.
Enquanto isso, os combates na Ucrânia seguem intensos. Durante a noite de terça-feira, Rússia e Ucrânia trocaram ataques com drones e mísseis, em continuidade às maiores ofensivas de Moscou contra Kiev registradas no fim de semana. O Ministério da Defesa russo alegou ter abatido cerca de 300 drones ucranianos, enquanto a Ucrânia reportou um civil morto e 37 feridos em decorrência de ataques russos.
“Um homem de 85 anos foi morto por bombardeio russo na região de Kharkiv”, informaram autoridades locais ucranianas, evidenciando o impacto devastador da guerra sobre a população civil. A Força Aérea da Ucrânia afirmou ter derrubado 71 dos 88 drones do tipo Shahed em ataques russos, além de cinco mísseis balísticos e um míssil guiado durante a noite, demonstrando a constante ameaça aérea enfrentada pelo país.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br