Em uma escalada dramática do conflito, a Ucrânia declarou ter realizado um ataque de grande envergadura contra bases aéreas russas neste domingo, véspera de uma nova rodada de negociações de cessar-fogo entre os dois países em Istambul, Turquia. Kiev alega que bombardeiros russos foram danificados em quatro bases aéreas localizadas a considerável distância da linha de frente, resultando em prejuízos estimados em US$ 2 bilhões. Paralelamente, o conflito se intensifica em outras frentes.
O ataque ocorre em um momento crítico, antecedendo as negociações de paz mediadas pela Turquia, com o apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que a delegação ucraniana será liderada pelo Ministro da Defesa, Rustem Umerov. As prioridades de Kiev nas negociações incluem um cessar-fogo imediato e incondicional, bem como a libertação de prisioneiros e o retorno de crianças que, segundo acusações ucranianas, foram levadas ilegalmente pela Rússia.
Em resposta aos ataques ucranianos, Moscou confirmou incidentes em algumas aeronaves após ataques com drones e informou a prisão de suspeitos. Governadores regionais russos relataram a presença de drones inimigos nas áreas afetadas e afirmaram que os sistemas de defesa antiaérea foram ativados. O Kremlin informou que também terá representantes no encontro, mas não revelou suas exigências para um acordo de paz. Vladimir Putin, no entanto, recusou a proposta turca de um encontro direto com Zelensky.
Enquanto as negociações se aproximam, a Rússia intensificou suas operações militares em outras áreas. De acordo com a Força Aérea Ucraniana, a Ucrânia foi alvo de 472 drones e sete mísseis russos durante a madrugada – o maior número registrado desde o início da invasão. Além do ataque à base de treinamento, que resultou em 12 mortes e 60 feridos, a Rússia anunciou a tomada da cidade ucraniana de Oleksiivka, na região de Sumy.
Em meio à escalada da violência, o governo ucraniano ordenou a evacuação de localidades próximas a Sumy, antecipando uma possível nova ofensiva russa na região. Na semana passada, Zelensky alertou que a Rússia estaria concentrando cerca de 50 mil soldados para um ataque em larga escala contra Sumy, indicando que a situação permanece instável e imprevisível.
Fonte: http://jovempan.com.br
