O mercado de fidelidade no Brasil está em plena expansão, impulsionado pela digitalização, personalização de recompensas e consumidores cada vez mais conectados. A pesquisa indica que o setor deve movimentar US$ 1,95 bilhão ainda este ano, com uma taxa de crescimento anual de 16,9%. A projeção é ambiciosa, com estimativas de alcançar US$ 3,33 bilhões até 2029, consolidando os programas de fidelidade como ferramentas estratégicas para diversos setores.
O cenário atual é caracterizado por uma combinação de grandes empresas do setor e um crescente número de programas de nicho, oferecidos por varejistas, fintechs, companhias aéreas e bancos. Essa competição acirrada impulsiona a inovação, com soluções focadas na praticidade, uso em tempo real e integração com o cotidiano dos consumidores.
Os consumidores brasileiros demonstram crescente interesse por recompensas personalizadas, experiências únicas e benefícios de fácil acesso. A integração de ferramentas como o Pix aos programas de fidelidade, por exemplo, transformou a dinâmica de acumulação e resgate de pontos e vantagens. Aplicativos móveis, carteiras digitais e modelos de coalizão também ganham destaque, especialmente entre as gerações millennial e Z.
Entre 2020 e 2024, o setor apresentou uma taxa média de crescimento de 19,1% ao ano. Para o período de 2025 a 2029, a projeção indica um crescimento anual de 14,3%. Essa expansão é impulsionada pela popularização das plataformas digitais, pela crescente valorização das experiências e pela atuação estratégica de empresas nos setores de varejo, turismo, serviços financeiros e e-commerce.
Dados recentes apontam para mais de 332 milhões de cadastros ativos em programas de fidelidade no Brasil em 2024, gerando uma movimentação financeira de R$ 21,9 bilhões. Uma parcela significativa dos resgates, superior a 70%, é direcionada para passagens aéreas, o que demonstra o perfil viajante dos usuários desses programas.
Apesar do aumento na adesão, a lealdade dos consumidores não é garantida. Eles estão dispostos a migrar entre programas em busca de benefícios mais relevantes e jornadas mais fluidas. Essa tendência é particularmente evidente entre os consumidores mais jovens, que priorizam conveniência, inovação e conexão emocional com as marcas. O mercado brasileiro de fidelidade acompanha uma tendência global, substituindo programas rígidos por soluções flexíveis, digitais e centradas no cliente.
