O funkeiro MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi preso em sua residência no Rio de Janeiro sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho (CV). A Polícia Civil investiga shows realizados em áreas controladas pela facção, letras de músicas que exaltam armas e o CV, além de um possível financiamento do tráfico de drogas em seus eventos. Durante a operação, joias e um carro de luxo foram apreendidos.
A Polícia Civil aponta que MC Poze do Rodo frequentemente realizava shows em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, com a presença ostensiva de traficantes armados. As letras de suas músicas, que fazem menção a armas, à facção e críticas a grupos rivais, são consideradas pelas autoridades como apologia ao crime, extrapolando os limites da liberdade de expressão. As autoridades policiais utilizam o termo “narcocultura” para descrever a relação do artista com o tráfico.
Além da prisão, a Polícia Civil apreendeu joias e um carro de luxo pertencentes a MC Poze. A investigação busca determinar a origem do patrimônio do funkeiro e se os bens têm alguma ligação com o Comando Vermelho. As autoridades apuram possíveis crimes de lavagem de dinheiro, com recursos provenientes do tráfico de drogas e armas.
Durante a triagem no sistema prisional, MC Poze do Rodo declarou ter vínculo com o Comando Vermelho, conforme informações da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). A defesa do artista nega qualquer ligação atual com a facção e alega que a prisão foi abusiva e espetacularizada. Após cinco dias, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu Habeas Corpus e determinou a soltura do cantor, com medidas cautelares.
O caso de MC Poze do Rodo reacendeu o debate sobre os limites da liberdade artística e a apologia ao crime. Artistas como Oruam e Filipe Ret manifestaram apoio ao cantor nas redes sociais, pedindo sua libertação. A defesa argumenta que a prisão temporária foi baseada em preconceito devido à origem periférica do artista.
Nesta terça-feira (3), uma operação da Polícia Civil mirou o núcleo financeiro do Comando Vermelho, tendo a esposa de MC Poze do Rodo, Viviane Noronha, como um dos alvos de mandados de busca e apreensão. A investigação aponta que os suspeitos lavaram mais de R$ 250 milhões oriundos do tráfico de drogas e aquisição de armamentos. De acordo com a polícia, Viviane Noronha e sua empresa são indicadas como recebedoras diretas de recursos do Comando Vermelho.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br