A iniciativa irlandesa “Our Living Islands” tem atraído atenção global, prometendo revitalizar ilhas costeiras remotas. O programa visa impulsionar o desenvolvimento de cerca de 23 a 30 ilhas com populações pequenas e isoladas, onde vivem menos de 3000 pessoas sem ligação terrestre ao continente.
O governo irlandês, liderado pela ministra do Desenvolvimento Rural e Comunitário, Heather Humphreys, pretende fortalecer serviços essenciais como habitação, saúde, educação, internet de alta velocidade, turismo sustentável e oportunidades de trabalho remoto nessas comunidades insulares.
No entanto, a notícia de que o governo “paga para você se mudar” para as ilhas não corresponde à realidade. O programa oferece um incentivo financeiro de até R$ 500 mil (€84.000) para reformar casas construídas antes de 1993 e que estejam desocupadas há pelo menos dois anos. Para receber o benefício, o proprietário deve residir no imóvel por um período mínimo de dez anos, sob pena de ter que devolver parte do valor recebido.
Moradores locais alertam para a desinformação generalizada, com muitos acreditando que receberão o valor integral automaticamente, sem cumprir os requisitos necessários.
O programa pode ser atrativo para investidores de longo prazo, dispostos a residir nas ilhas por pelo menos dez anos, renovadores experientes com um orçamento bem planejado, profissionais que trabalham remotamente e apreciadores da natureza e do isolamento.
Portanto, a iniciativa “Our Living Islands” não é uma “mesada” para se mudar para a Irlanda, mas sim um incentivo para a reforma de imóveis abandonados, com condições específicas e exigência de residência a longo prazo. Interessados devem avaliar cuidadosamente os custos das obras, a logística nas ilhas e as regras do programa antes de se comprometer.