domingo, junho 8, 2025

Membro do BCE Defende Pausa na Redução de Juros Diante de Incertezas Econômicas

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Um membro do Banco Central Europeu (BCE), Martins Kazaks, expressou preocupação com a contínua trajetória de cortes nas taxas de juros. Em entrevista à Reuters, Kazaks argumentou que o BCE deveria interromper a prática de reduzir as taxas em todas as reuniões, adotando uma postura mais cautelosa diante das incertezas que pairam sobre a economia. Sua declaração ocorre após o BCE ter cortado as taxas de juros pela sétima vez consecutiva na última quinta-feira, buscando impulsionar a economia da zona do euro.

Kazaks defende que o BCE deve preservar a capacidade de reduzir as taxas no futuro, caso a situação econômica exija. “Não acho que o mercado deva esperar que a trajetória de corte das taxas em todas as reuniões continue”, afirmou, enfatizando a importância de manter “espaço político” para manobras futuras. A maioria dos membros do BCE parece inclinar-se para a manutenção das taxas em sua próxima reunião, agendada para julho, ou até mesmo por um período mais prolongado.

A perspectiva de comércio com os Estados Unidos desempenha um papel crucial nessa decisão, conforme indicaram fontes à Reuters. Kazaks, embora também defenda uma possível pausa, alerta contra compromissos firmes, ou “orientação futura”, devido ao cenário político em constante mutação. Ele reconhece que dados limitados estarão disponíveis até a reunião de julho, tornando uma pausa uma possibilidade real.

“A incerteza continua muito alta e a situação pode mudar todos os dias. Portanto, a orientação futura não é sua amiga nessas circunstâncias”, explicou Kazaks. Ele ainda ponderou que, mesmo que o BCE opte por reduzir ainda mais as taxas de juros, esses movimentos seriam de “ajuste fino”, desde que a projeção para a inflação se mantenha em 2% no médio prazo.

“Em termos de corte nas taxas, já fizemos muito”, concluiu Kazaks, sugerindo que futuros cortes seriam apenas para ajustes, a menos que o cenário econômico se desvie significativamente das projeções atuais. O BCE divulgou novas projeções que apontam para uma inflação de 2% este ano, 1,6% em 2026 e 2% em 2027.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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