As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram um ataque aéreo significativo nesta quinta-feira, tendo como alvo uma instalação de fabricação de drones pertencente ao Hezbollah em Beirute, Líbano. A ação eleva a tensão já existente na região, intensificada desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em outubro de 2023. O ataque mirou instalações subterrâneas e uma oficina supostamente utilizadas para a produção de veículos aéreos não tripulados (VANTs).
Segundo comunicado oficial das FDI, o ataque teve como alvo a Unidade 127 do Hezbollah, responsável pelas operações aéreas do grupo. As forças israelenses alegam que a unidade está trabalhando para produzir milhares de drones com o apoio financeiro e a orientação de oficiais iranianos. “A unidade aérea do Hezbollah, apoiada pelo Irã, lançou mais de mil drones em direção a Israel durante a guerra”, declarou o exército israelense.
As FDI também afirmaram que medidas foram tomadas para mitigar o risco de danos a civis antes do ataque, com alertas emitidos aos moradores da área para que evacuassem. No entanto, a área atingida, Dahieh, é um reduto do Hezbollah e uma das regiões mais densamente povoadas do Líbano. Até o momento, não há informações confirmadas sobre vítimas ou a extensão dos danos.
A justificativa de Israel para o ataque reside na alegação de que as atividades do Hezbollah violam o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos em novembro, que visava encerrar as hostilidades na fronteira norte. O acordo previa o desarmamento do Hezbollah e a retirada de Israel do sul do Líbano. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou ter autorizado a ação militar “para atacar e destruir edifícios usados pela organização terrorista Hezbollah para fabricar e armazenar drones no coração do distrito de Dahieh, em Beirute”, conforme relatado pelo Times of Israel.
O ataque ocorre em um contexto de crescente preocupação com a escalada da violência na região, com o Hezbollah intensificando seus ataques contra alvos militares e civis no norte de Israel em apoio ao Hamas. A situação permanece tensa, com o potencial para uma nova escalada do conflito.
Fonte: http://revistaoeste.com
