O governo da Hungria intensificou suas políticas restritivas em relação à comunidade LGBT+ ao proibir, nesta sexta-feira (6), a exibição de bandeiras do arco-íris e outros símbolos associados em prédios públicos. A medida, formalizada em publicação no Diário Oficial, justifica-se sob o argumento da proteção ao desenvolvimento físico e mental de menores.
O decreto, assinado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, estende a proibição a símbolos relacionados a diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, bem como a movimentos políticos que os representem. A decisão gerou imediata contestação, com o prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, declarando que não acatará a determinação do governo federal.
“A bandeira estará no prédio da prefeitura, pois tem seu lugar lá”, afirmou Karácsony, sinalizando um desafio direto à nova legislação. A proibição se soma a outras medidas controversas, como a reforma aprovada em março pelo Parlamento húngaro, que veta manifestações públicas consideradas promotoras da homossexualidade ou de minorias sexuais, sob o pretexto de proteger o desenvolvimento infantil.
Apesar do crescente cerco legal, organizações LGBT+ locais mantêm a intenção de realizar a Marcha do Orgulho em Budapeste, agendada para 28 de junho. Mais de 60 deputados do Parlamento Europeu manifestaram apoio à causa e planejam participar do evento, demonstrando a crescente polarização em torno das políticas do governo húngaro.
Em um desenvolvimento recente, a polícia húngara anunciou a proibição da marcha, invocando uma lei que permite impedir eventos públicos LGBT+. Contudo, os organizadores reafirmaram sua determinação de realizar o ato na capital, o que pode levar a confrontos e aumentar a tensão política no país.
Fonte: http://revistaoeste.com