Em meio a tensões contínuas, a Ucrânia rejeitou veementemente as alegações da Rússia de que estaria atrasando o processo de troca de prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos de soldados mortos. As autoridades ucranianas classificaram as acusações como falsas, intensificando a disputa pública sobre as operações humanitárias em andamento.
O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, acusou a Ucrânia de adiar indefinidamente a troca, alegando que Kiev não estaria cooperando com os esforços. Em resposta, a Ucrânia instou a Rússia a abandonar os “jogos sujos” e a retomar um diálogo construtivo para resolver a questão de forma eficaz.
O Ministério da Defesa russo expressou esperança de que a Ucrânia tome as medidas necessárias para a troca de prisioneiros e a transferência dos restos mortais dos militares. Alexander Fomin, vice-ministro da Defesa russo, afirmou que “Kiev não deu seu consentimento para a condução das operações humanitárias” e que representantes ucranianos não compareceram ao local da reunião designado, sem justificar o motivo.
As negociações anteriores em Istambul haviam gerado um acordo para a troca de prisioneiros, priorizando os mais jovens e gravemente feridos, bem como a repatriação de aproximadamente 12 mil corpos de soldados. No entanto, a Sede de Coordenação estatal da Ucrânia para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra contestou as declarações russas, insistindo que elas não refletem a realidade nem os acordos firmados.
A Ucrânia argumenta que as listas de prisioneiros apresentadas pela Rússia não correspondem às prioridades discutidas no acordo, o que dificulta o avanço do processo. “As declarações do lado russo não correspondem à realidade nem a acordos anteriores sobre a troca de prisioneiros ou a repatriação de corpos”, declarou a Sede de Coordenação estatal da Ucrânia para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra em um canal do Telegram.
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