Um homem foi preso em Manaus, no Amazonas, neste sábado (7), após ser flagrado empurrando uma cadeira de rodas com o corpo do seu avô, de 77 anos, na área central da cidade. A situação incomum chamou a atenção de populares, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As autoridades agora investigam as circunstâncias da morte e os motivos que levaram o neto a transportar o corpo dessa forma.
De acordo com a Polícia Civil, as primeiras apurações levantam a hipótese de que o neto, que estaria desempregado, pretendia usar o avô para obter um empréstimo bancário e comprar bens para casa. Contudo, a polícia não descarta outras linhas de investigação, incluindo a possibilidade de homicídio e/ou estelionato. O caso é tratado com cautela, aguardando os resultados da perícia para determinar a natureza do crime.
O delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), ressaltou a complexidade do caso durante uma coletiva de imprensa. “O perito verificou rigidez cadavérica, mas não pôde precisar o tempo exato da morte naquele momento”, explicou. “Somente com os laudos definitivos do IML e da perícia criminal poderemos esclarecer quando, de fato, ocorreu o óbito e se houve algum tipo de crime, como vilipêndio de cadáver ou tentativa de estelionato”.
Um filho do idoso relatou à polícia que não via o pai desde novembro, quando o neto o levou para morar com ele. Além da idade avançada, o corpo apresentava ferimentos que, segundo avaliação preliminar e relatos de familiares, poderiam estar relacionados a comorbidades preexistentes, como hipertensão, diabetes e o uso de bolsa de colostomia. A perícia inicial não identificou indícios de maus-tratos.
O neto foi encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para prestar esclarecimentos. “O procedimento ainda está em andamento. O homem segue sendo ouvido e, ao término, será decidido se permanecerá detido”, informou a polícia. A Polícia Civil aguarda os laudos periciais para definir a tipificação criminal e dar continuidade às investigações.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
