domingo, junho 8, 2025

Alarme no Paraná: Casos de Trabalho Infantil Disparam 40% em Apenas Quatro Meses

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O Paraná enfrenta um aumento preocupante nos casos de trabalho infantil. Nos primeiros quatro meses de 2025, foram registrados 66 resgates de menores em situação de exploração, um salto de 40% em relação ao total de 2024, quando 47 crianças e adolescentes foram identificados em condições análogas. Os dados revelam uma tendência alarmante que exige atenção imediata.

Entre os casos registrados neste ano, 16 envolviam atividades consideradas de alto risco para os menores, expondo-os a perigos ainda maiores. Em 2023, o Ministério do Trabalho contabilizou 46 resgates, dos quais 44 estavam em situação de risco. A persistência e o aumento dessas ocorrências demonstram a urgência de ações mais efetivas para combater essa forma de exploração.

Em pouco mais de dois anos, aproximadamente 150 crianças e adolescentes foram resgatados no Paraná, vítimas da exploração do trabalho infantil. Os números, referentes ao período entre o início de 2023 e abril de 2025, revelam a dimensão do problema no estado. Recentemente, em maio, 15 adolescentes foram resgatados em diversas cidades, incluindo Guaratuba, Matinhos e Guarapuava.

Para conscientizar a sociedade sobre o tema, o Ministério Público do Trabalho lançou uma campanha em parceria com diversas instituições, incluindo o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e a Organização Internacional do Trabalho. A iniciativa busca alertar sobre os riscos e consequências da exploração infantil, em alusão ao Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho.

A campanha utiliza vídeos com depoimentos fictícios, criados com inteligência artificial, que narram histórias de pessoas impactadas pela exploração do trabalho infantil. As situações abordadas incluem exploração no campo, no trabalho doméstico, na mendicância e até mesmo a utilização de menores como influenciadores em redes sociais. O objetivo é claro: auxiliar na erradicação da violação dos direitos de crianças e adolescentes. A procuradora regional do Trabalho no Paraná, Margaret Matos de Carvalho, destaca a necessidade de combater esse tipo de irregularidade.

A legislação brasileira proíbe o trabalho antes dos 16 anos, permitindo-o apenas como aprendiz a partir dos 14. Além disso, o trabalho noturno é expressamente proibido para menores de 18 anos. Atualmente, a exploração do trabalho infantil não é punida com pena de detenção, prevendo apenas o pagamento de multa.

Fonte: http://cbncuritiba.com.br

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