O Governo do Rio de Janeiro afastou dois coronéis e outros 12 policiais militares de suas funções neste domingo (8/6), em resposta à controversa operação policial que resultou na morte de um jovem e ferimentos em outras cinco pessoas durante uma festa junina no Catete, Zona Sul da cidade. A medida drástica foi tomada após intensas críticas à ação, que ocorreu na noite de sexta-feira (6/6) e transformou um evento familiar em cena de violência.
Dentre os oficiais exonerados está o coronel Aristheu de Góes Lopes, que liderava o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e já comandou o 7º BPM (São Gonçalo) e o 12º BPM (Niterói). Sua experiência em posições de liderança torna sua exoneração um ponto focal na investigação do caso. Além dele, o coronel André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE), também foi afastado do cargo, aumentando a pressão sobre a cúpula da segurança pública no estado.
Segundo informações, ambos os coronéis tiveram participação na organização da operação na comunidade do Santo Amaro, local da festa junina. O evento, que reunia dezenas de famílias, incluindo crianças e idosos, foi abruptamente interrompido pelo tiroteio. Herus Guimarães, um office boy de 24 anos, foi fatalmente atingido, tornando-se a vítima fatal de um incidente que gerou grande comoção e revolta na comunidade.
A ação policial, que tinha como objetivo combater o crime na região, acabou gerando um resultado trágico, levantando questões sobre o planejamento e a execução da operação. A investigação busca agora determinar se houve falhas nos protocolos de segurança e se a ação policial era proporcional à ameaça existente. O caso segue sob investigação das autoridades competentes, que prometem apurar rigorosamente os fatos para responsabilizar os envolvidos.
Fonte: http://www.metropoles.com
