A tensão aumenta em torno da detenção do ativista brasileiro Thiago Ávila em Israel. Segundo sua esposa, Ávila foi colocado em regime de solitária, o que significa que está isolado de outros detentos. A denúncia foi transmitida à CNN pela assessoria da Flotilha da Liberdade, grupo do qual Ávila faz parte e que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio de um barco.
De acordo com a esposa do ativista, a advogada de Ávila a informou sobre a transferência para a solitária. “Ele disse a ela que o ameaçaram de deixá-lo na solitária por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar, sem acesso a ninguém”, relatou a esposa, conforme a assessoria da Flotilha. A situação levanta preocupações sobre o tratamento dado a Ávila pelas autoridades israelenses.
Ainda segundo a esposa, a advogada de Ávila considera a medida ilegal e garantiu que tomará medidas legais para contestá-la. “A advogada disse que isso é ilegal e ele deve sempre poder encontrar com ela e que, se isso acontecer, ela irá levar à Corte Suprema”, declarou.
Em meio a essas denúncias, o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, confirmou à CNN que o país decidiu deportar o ativista. A expectativa, segundo o diplomata, é que Ávila deixe Israel em aproximadamente dois dias, com o cônsul brasileiro sendo mantido informado sobre o caso.
Além disso, a assessoria da Flotilha da Liberdade informou à CNN que o ativista iniciou uma greve de fome. A situação de Ávila se agrava enquanto aguarda a deportação, após ter sido detido durante uma tentativa de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O Itamaraty confirmou a detenção de Ávila em um centro de detenção israelense após ele se recusar a assinar documentos de deportação para o Brasil.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br