Um apaixonado pelo teatro, Miguel Falabella está brilhando nos palcos de São Paulo com o espetáculo “Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum”. A peça, que mistura comédia e musical, é inspirada nas obras do dramaturgo romano Plauto e na adaptação musical da Broadway.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Falabella compartilhou detalhes sobre a produção, que revisita textos escritos antes de Cristo. O ator também refletiu sobre o impacto do teatro e dos musicais em sua trajetória, além de celebrar o momento de revitalização da arte cênica.
A comédia, baseada nos textos de Plauto, um dos mais importantes autores da Roma Antiga, ganhou uma versão musical na Broadway com canções de Stephen Sondheim. Considerada uma das maiores comédias musicais, a produção figura entre os 100 melhores espetáculos do gênero, segundo a revista britânica Whats On Stage.
Falabella ressalta a importância de Plauto na história do teatro, destacando a atemporalidade e o humor presente em seus textos. Para a montagem brasileira, o ator adaptou alguns elementos para criar uma conexão mais direta com o público. “Então, com propriedade, eu acho sempre necessário colocar um pouco aqui, outro ali, uma brincadeira que aproxime a plateia daquele espetáculo. E resulta muito. A plateia ri muito”, afirma Falabella.
Após a temporada em São Paulo, o espetáculo segue para Brasília, onde será apresentado entre os dias 20 e 29 de junho. Paralelamente, Falabella celebra a retomada do teatro, que resistiu aos momentos mais desafiadores e se reinventou ao longo do tempo. “O teatro, misteriosamente, se mantém. Ele se renova. Quando parece estar morrendo, ele renasce”, pontua.
O ator também enfatiza o papel fundamental do teatro no cenário artístico brasileiro, descrevendo-o como um “espelho da civilização”. Ele destaca que o palco é um espaço de acolhimento à diversidade, essencial para a formação de novos talentos e o desenvolvimento de profissionais experientes.
Falabella finaliza expressando sua paixão pelo teatro e sua importância em sua vida e carreira. “O teatro sempre estará lá, sempre vai ver você. Você envelhece e o teatro tem grandes papéis para pessoas mais velhas. Quando você perde o charme da juventude, o teatro está lá, te oferecendo grandes personagens”, garante o artista. E conclui: “Eu vou morrer fazendo teatro e vou morrer no palco, se Deus quiser”.
Fonte: http://www.metropoles.com
