A Revolução Industrial, marco transformador entre 1760 e 1830, inaugurou uma era de produção industrial impulsionada por máquinas, avanços químicos e tecnológicos. Esse período testemunhou um crescimento sem precedentes na produção e na renda per capita, alimentando a esperança de erradicar a pobreza, condição até então predominante na história da humanidade.
Antes dessa explosão produtiva, a vida humana se resumia à luta pela sobrevivência, focada em atender às necessidades básicas de alimento, abrigo e repouso. As novas possibilidades despertaram o anseio por reduzir o sofrimento humano, levando pensadores a analisar o funcionamento do sistema produtivo e suas implicações para o bem-estar social.
O filósofo escocês Thomas Carlyle, testemunha ocular da transição da vida rural para a era industrial, dedicou-se ao estudo da economia. Diante das dificuldades e da necessidade de trabalho árduo para o avanço científico e tecnológico como meio de superar a pobreza, Carlyle cunhou a célebre frase: “a economia é uma ciência melancólica”.
No contexto brasileiro, José Pio Martins critica a visão de alguns políticos e autoridades que, segundo ele, acreditam na possibilidade de criar a felicidade geral através da redistribuição de renda, retirando dos que produzem para dar aos mais necessitados. O economista ressalta a importância do aumento da produção média por habitante para a efetiva redução da pobreza, ecoando, inclusive, o pensamento de Karl Marx.
“Enquanto não houver aumento da produtividade capaz de gerar abundância, a luta pela redistribuição será apenas uma disputa pela die alte scheisse (a velha merda)”, escreveu Marx em “A Ideologia Alemã”, conforme recorda Martins. O colunista finaliza com uma crítica aos marxistas brasileiros que, em sua maioria, desconhecem a fundo a obra do próprio Marx, convidando à reflexão sobre a complexidade da economia e a importância do estudo para a compreensão de seus mecanismos.
Ouça a análise completa de José Pio Martins sobre a economia e seus desafios no áudio a seguir.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br