O Paraná caminha para um futuro com um número cada vez maior de idosos. Projeções indicam que, em 2025, o estado deverá ter mais de 2,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, um aumento significativo em relação aos 1,89 milhão registrados no Censo de 2022, que já representavam 16% da população paranaense. Em 2024, a estimativa já ultrapassava os 2 milhões, sinalizando uma rápida transformação demográfica.
Entretanto, esse envelhecimento da população esconde um desafio persistente: o etarismo, ou preconceito por idade. No mercado de trabalho, essa discriminação se manifesta na dificuldade de profissionais mais experientes encontrarem oportunidades. Uma pesquisa de 2022 revelou que 78% das empresas admitem ter barreiras na contratação de pessoas com mais de 50 anos, conforme dados da consultoria Ernst & Young em parceria com a agência Maturi.
Diante desse cenário, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) promove um evento gratuito nesta terça-feira, dedicado ao combate ao etarismo e à promoção de discussões sobre o envelhecimento. O objetivo é sensibilizar a sociedade e o mercado de trabalho para a importância de valorizar a experiência e o conhecimento dos profissionais mais velhos.
A psicóloga Flávia Maria de Paula Soares, doutora em Filosofia e professora da PUCPR, especialista no tema e autora do livro “Envelhescência: o trabalho psíquico na velhice”, participou de uma entrevista sobre o assunto. Ela discute as complexidades do envelhecimento e a necessidade de repensar o papel do idoso na sociedade e no mercado de trabalho. Ouça a entrevista completa para entender melhor os desafios e as oportunidades dessa transformação demográfica.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br