A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou sua estratégia jurídica ao solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a anulação do acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid. O pedido, protocolado nesta segunda-feira (16/06), busca desqualificar as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens, que se tornaram peça-chave em investigações que atingem o ex-presidente.
Além do pedido de anulação, os advogados de Bolsonaro requereram a reabertura do prazo para diligências complementares. O prazo original expirou nesta segunda-feira, coincidindo com a disponibilização de dados solicitados por Moraes à Meta, empresa responsável pelo perfil “@gabrielar”. A defesa argumenta que a análise desses dados é crucial para embasar seus questionamentos sobre a validade da delação.
A solicitação da defesa se baseia em reportagens divulgadas pela Revista Veja, que apontam para o suposto uso da conta “@gabrielar” por Mauro Cid para atacar o STF e divulgar informações sigilosas da delação. Os advogados alegam que tais revelações comprometem a integridade do acordo e justificam sua anulação, conforme trecho da petição: “Os fatos trazidos a público após os interrogatórios são graves, para dizer o mínimo”.
Na última terça-feira, a Primeira Turma do STF realizou os interrogatórios dos réus na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. Mauro Cid foi um dos interrogados, marcando o início da fase de oitivas dos acusados no núcleo considerado central da alegada conspiração, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: http://www.metropoles.com
