A Bacia da Foz do Amazonas se tornou palco de um leilão expressivo, atraindo investimentos de peso para a exploração de petróleo e gás. Consórcios formados por multinacionais, incluindo a Petrobras, arremataram 19 blocos na região, injetando mais de R$ 844 milhões em bônus para os cofres da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A movimentação bilionária, resultado do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, reacende o debate sobre os impactos ambientais da exploração na sensível área da Foz do Amazonas.
O consórcio liderado pela Petrobras, em parceria com a ExxonMobil Brasil, garantiu a exploração de 10 blocos, totalizando um investimento superior a R$ 262 milhões. Paralelamente, o consórcio composto por Chevron Brasil Óleo e CNPC Brasil (China National Petroleum Corporation) arrematou nove blocos, desembolsando R$ 582 milhões. A presença de empresas como ExxonMobil e Chevron, além da estatal chinesa CNPC, evidencia o interesse global na potencial riqueza da região.
A exploração da Foz do Amazonas, no entanto, é um tema controverso. Ambientalistas alertam para os riscos de vazamentos e acidentes que podem impactar a biodiversidade da região, considerada de alta sensibilidade. Por outro lado, defensores da exploração argumentam que a atividade pode gerar empregos e renda, impulsionando o desenvolvimento econômico do país. O presidente da Petrobras, por exemplo, comemorou o avanço na Foz do Amazonas, ressaltando o potencial da região para a produção de petróleo e gás.
O detalhamento dos arremates revela a distribuição dos blocos entre os consórcios e os valores investidos em cada área. Os setores SFZA-AP4, SFZA-AP3 e SFZA-AP2 foram alvo de disputas acirradas, com a Petrobras e a ExxonMobil dividindo a exploração de alguns blocos, enquanto a Chevron e a CNPC formaram outra parceria estratégica. A Oferta Permanente, modalidade que permitiu a negociação, possibilita a oferta contínua de blocos exploratórios, atraindo investimentos para diversas bacias brasileiras.
Além da Foz do Amazonas, o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão incluiu áreas nas Bacias do Parecis e de Pelotas, demonstrando o interesse do mercado em diversas regiões estratégicas. No total, o leilão arrecadou R$ 1,45 bilhão em investimentos exploratórios, com 34 blocos arrematados. A movimentação bilionária promete impulsionar a produção de petróleo e gás no Brasil, mas também exige um acompanhamento rigoroso para garantir a sustentabilidade ambiental da atividade.
Fonte: http://www.metropoles.com