Um ataque brutal perpetrado por extremistas islâmicos do grupo étnico Fulani resultou na morte de pelo menos 200 cristãos no estado de Benue, Nigéria, na noite da última sexta-feira, 13. As vítimas, em sua maioria famílias, haviam buscado refúgio na região para escapar da crescente violência. O massacre ocorreu em Yelewata, próximo à capital Makurdi, marcando mais um capítulo sangrento na escalada de tensões religiosas e étnicas no país.
As famílias buscavam abrigo em estruturas improvisadas na praça do mercado local, um local que se esperava ser seguro. No entanto, a esperança de proteção se transformou em terror quando os extremistas invadiram a área. A violência empregada demonstra a audácia e a falta de temor dos perpetradores.
Testemunhas relatam que os agressores, gritando “Allahu Akbar”, incendiaram os abrigos e atacaram as vítimas com facões e armas de fogo. A brutalidade do ataque chocou a comunidade internacional e reacendeu o debate sobre a segurança dos cristãos na Nigéria.
Segundo a fundação Ajuda à Igreja Que Sofre (ACN), um ataque prévio à Igreja de São José de Telewata, onde cerca de 700 pessoas buscavam refúgio, foi evitado pela polícia local. O pároco de Yelewata, Padre Ukuma Jonathan Angbianbee, descreveu a cena como “horrível”, relatando corpos espalhados por toda parte e o massacre de inúmeras pessoas.
A Diocese de Makurdi classificou o massacre como uma “monstruosidade”, lamentando a perda de “bebês, crianças, mães e pais simplesmente exterminados”. A diocese ainda ressaltou que alguns corpos ficaram irreconhecíveis, evidenciando a violência extrema empregada no ataque.
Um sacerdote, que preferiu permanecer anônimo, criticou a ausência de segurança no momento do ataque, questionando o paradeiro das forças policiais e de segurança. “Esta é de longe a pior atrocidade que já vimos. Nunca houve nada parecido”, afirmou, demonstrando a magnitude da tragédia.
Os extremistas fulanis, classificados como o quarto grupo mais mortal do mundo pelo Índice de Terrorismo Global de 2023, têm intensificado seus ataques contra cristãos em Benue, particularmente na região de Makurdi, de maioria católica. Alertas da Igreja indicam um plano em andamento para tomar terras e eliminar a presença cristã na região.
Nas três semanas anteriores ao massacre na praça do mercado, mais de 100 pessoas foram mortas em Benue, resultando em mais de 5.000 deslocados devido à crescente violência. A situação exige atenção urgente e medidas eficazes para proteger as comunidades vulneráveis e garantir a segurança e a estabilidade na região.
Fonte: http://revistaoeste.com
