A erupção do Vesúvio em 79 d.C. selou para sempre a história de Pompeia, transformando-a em um dos sítios arqueológicos mais visitados do mundo. A fascinação pelo local, no entanto, por vezes leva a atitudes impensadas. Uma turista canadense, assolada por uma série de eventos infelizes, decidiu devolver os artefatos que havia roubado há quase duas décadas, acreditando ser vítima de uma “maldição”.
Em 2005, Nicole, movida pela curiosidade e o desejo de possuir “um pedaço da história”, subtraiu fragmentos de uma ânfora, mosaicos e cerâmicas de Pompeia. O que parecia um ato inofensivo se transformou em um longo período de provações. A turista relatou que sua vida foi marcada por batalhas contra o câncer de mama, incluindo uma mastectomia dupla, além de graves dificuldades financeiras familiares.
Convencida de que os artefatos eram a fonte de sua má sorte, Nicole enviou uma carta comovente, juntamente com os objetos roubados, em 2020. “Elas trazem má sorte”, escreveu ela. “Somos boas pessoas e não quero passar essa maldição para minha família ou filhos”. O caso de Nicole não é isolado. Outro casal canadense também enviou uma carta de arrependimento, devolvendo pedras subtraídas de Pompeia no mesmo ano.
“Nós os levamos sem pensar na dor e no sofrimento que essas pobres almas experimentaram durante a erupção do Vesúvio e sua terrível morte”, confessaram. “Sentimos muito, por favor, perdoe-nos por fazer essa escolha terrível. Que suas almas descansem em paz”. A crença em uma “maldição de Pompeia” não é incomum, com diversos relatos de turistas devolvendo objetos roubados, acompanhados de histórias de infortúnios.
Esses casos servem como um lembrete da importância do respeito ao patrimônio histórico e cultural. Pompeia é um testemunho do passado, e sua preservação é fundamental para as futuras gerações. A história de Nicole e do casal canadense ecoa um alerta: a busca por lembranças indevidas pode ter consequências inesperadas.
