quarta-feira, junho 18, 2025

Leilão bilionário na Foz do Amazonas gera preocupação ambiental; Greenpeace e WWF manifestam oposição

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Um leilão que movimentou R$ 844 milhões na Bacia da Foz do Amazonas acendeu o alerta de organizações ambientais. O evento, realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, resultou na arrematação de 19 blocos para exploração de petróleo e gás. A Petrobras, em consórcio com a ExxonMobil, e o grupo formado por Chevron e CNPC Brasil, foram os principais vencedores da disputa.

O Greenpeace Brasil manifestou forte preocupação com os resultados, argumentando que a exploração na região aumenta significativamente o risco de desastres ambientais. A organização também alertou para o agravamento da crise climática e o aprofundamento das desigualdades, como consequência da abertura de novos poços de petróleo. “A Petrobras se coloca como protagonista de um projeto político arriscado que está cavando um buraco na credibilidade ambiental do Brasil”, afirmou a entidade.

Na mesma linha, a WWF Brasil expressou oposição ao leilão, considerando-o um retrocesso em relação aos compromissos climáticos do país. A instituição destacou a complexidade das correntes marítimas na Foz do Amazonas, o que ampliaria os riscos de vazamentos e dificultaria a resposta a acidentes. “A dinâmica complexa das correntes na Foz do Amazonas amplia significativamente os riscos de vazamentos e compromete seriamente qualquer resposta a acidentes ambientais”, ressaltou a WWF.

O leilão atraiu empresas de diversos países, incluindo Austrália, China, Estados Unidos e Portugal. O Ministério de Minas e Energia (MME) comemorou o resultado, considerando-o o melhor da história do sistema de oferta permanente de concessão, com uma arrecadação total de R$ 1,45 bilhão em investimentos exploratórios. Para o ministro, o sucesso do leilão reflete a confiança do mercado nas diretrizes estabelecidas pelo MME.

Fonte: http://www.metropoles.com

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