Parte da comitiva de políticos brasileiros que estava em Israel, um total de 12 pessoas, tem previsão de chegada ao Brasil nesta quarta-feira (17). A viagem, a convite do governo israelense, coincidiu com o escalada das tensões na região após o conflito com o Irã na última quinta-feira (12), alterando drasticamente a agenda dos prefeitos e secretários.
Após serem escoltados por forças israelenses até a fronteira com a Jordânia, o grupo seguiu para a Arábia Saudita. De lá, nove integrantes embarcaram em um avião particular que fez escalas na ilha espanhola de Palma de Mallorca e na Ilha do Sal, em Cabo Verde, antes de seguir para o destino final em João Pessoa (PB).
Entre os membros da comitiva estão figuras como o prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena, e o prefeito de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião. Os três restantes seguiram da Arábia Saudita para Doha, no Qatar, onde buscarão voos comerciais para retornar ao Brasil.
Enquanto isso, outras 27 autoridades brasileiras permanecem em Israel, abrigadas em bunkers e aguardando a oportunidade de deixar o país nos próximos dias. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado informou que está monitorando os preparativos para a saída de outro grupo, também por via terrestre e posterior embarque em voos comerciais, enfatizando a complexidade da operação em meio à instabilidade.
A comitiva do governo do Distrito Federal, composta por quatro secretários e o deputado distrital João Cardoso (Avante-DF), também se encontra em Israel. A vice-governadora do DF, Celina Leão, já solicitou apoio do governo federal para garantir o retorno seguro dos servidores, com o deputado João Cardoso afirmando que as passagens estão sendo providenciadas, apesar da alta demanda.
O Itamaraty, por sua vez, reforçou que viagens não essenciais a Israel são desaconselhadas desde 2023, emitindo alertas sobre o espaço aéreo fechado e golpes de criminosos que oferecem voos inexistentes. A Embaixada do Brasil em Israel mantém um alerta consular desde outubro de 2023, recomendando que brasileiros considerem deixar o país.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br