segunda-feira, junho 23, 2025

Bariátrica x Ozempic: Estudo Aponta Cirurgia como Campeã na Perda de Peso a Longo Prazo

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Um novo estudo apresentado na Reunião Científica Anual da Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (ASMBS) revela que a cirurgia bariátrica supera significativamente o uso de medicamentos como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida) na perda de peso. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica alcançaram uma perda de peso até cinco vezes maior em comparação com aqueles que utilizaram as canetas emagrecedoras. A pesquisa, conduzida por especialistas do NYU Langone Health, lança luz sobre a eficácia comparativa desses métodos no tratamento da obesidade.

Os resultados indicam que, em um período de dois anos, pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica perderam, em média, 25 kg, o que corresponde a aproximadamente 24% do peso corporal total. Em contrapartida, o uso de agonistas do receptor GLP-1, como semaglutida e tirzepatida, resultou em uma perda média de apenas 5,4 kg, representando cerca de 4,7% do peso corporal total. Essa disparidade evidencia o impacto mais expressivo da intervenção cirúrgica na redução do peso a longo prazo.

Mesmo após um ano de tratamento com as injeções, a perda de peso observada nos pacientes foi de, no máximo, 7% do peso corporal. Os pesquisadores enfatizam que, mesmo com o uso prolongado desses medicamentos, a perda de peso permanece consideravelmente inferior à obtida com a cirurgia bariátrica. A principal autora do estudo, Avery Brown, ressalta que “ensaios clínicos mostram perda de peso entre 15% e 21% para os GLP-1s, mas este estudo sugere que o emagrecimento no mundo real é consideravelmente menor”.

A análise, que abrangeu dados de aproximadamente 51 mil pessoas tratadas com cirurgia bariátrica ou medicamentos GLP-1 entre 2018 e 2024, considerou fatores como idade, índice de massa corporal (IMC) e comorbidades. A cirurgia bariátrica, que envolve a redução do volume do estômago, promove uma saciedade mais rápida, levando à diminuição da ingestão de alimentos e calorias. O procedimento é indicado para casos de obesidade grave, com diferentes técnicas disponíveis, como bypass gástrico e gastrectomia vertical.

O estudo ganha relevância diante do crescente aumento da obesidade em escala global. De acordo com uma pesquisa publicada na revista The Lancet, a obesidade se tornou uma epidemia mundial, afetando mais de um bilhão de pessoas. O cirurgião César Wakoff, da Casa de Saúde São José, adverte que “as consequências da obesidade podem ser desastrosas”, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, depressão e outras complicações. A adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é fundamental na prevenção e no controle da obesidade.

Fonte: http://www.metropoles.com

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