Em uma medida que reacende o debate sobre o controle de armas, o governo do presidente Javier Milei revogou uma proibição que impedia civis de adquirir armas semiautomáticas e de assalto na Argentina. A decisão, publicada no Diário Oficial, altera drasticamente as restrições que estavam em vigor desde 1995.
Antes, a aquisição e o uso desse tipo de armamento eram restritos exclusivamente às forças militares e de segurança. A medida de 1995 visava reduzir a violência armada e o poder de fogo em mãos civis, em um contexto de crescente preocupação com a segurança pública.
A revogação da proibição abre a possibilidade para que cidadãos comuns, cumprindo os requisitos legais, possam possuir armamentos antes restritos às forças de segurança. O governo ainda não detalhou os critérios específicos para a aquisição e o porte dessas armas.
Analistas divergem sobre o impacto da medida. Defensores argumentam que a medida garante o direito à autodefesa. Críticos, por outro lado, alertam para o potencial aumento da violência e da criminalidade, além de expressarem preocupação com o aumento do número de armas de alto poder destrutivo em circulação.
A decisão de Milei já está gerando forte reação de organizações da sociedade civil e de políticos da oposição, que prometem contestar a medida judicialmente. O debate sobre a posse de armas, portanto, promete ser um dos temas mais acalorados da agenda política argentina nos próximos meses.