O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) causou surpresa ao votar pela manutenção do veto do presidente Lula à pensão vitalícia para crianças com sequelas da Zika. Diante da repercussão negativa, o parlamentar se manifestou, alegando ter cometido um “erro material” no momento do registro do voto.
Em nota oficial, o gabinete de Ferreira justificou o equívoco no preenchimento da cédula durante a votação do Veto nº 2/2025 no Congresso Nacional. “Houve um erro material no preenchimento da cédula, resultando no registro equivocado de voto favorável ao veto”, diz o comunicado, buscando esclarecer a situação.
O voto de Nikolas Ferreira destoou da posição da maioria da base bolsonarista, que votou em peso pela derrubada do veto presidencial, garantindo a aprovação da pensão. Ele foi um dos dois únicos parlamentares a votar a favor da manutenção do veto, ao lado de Luiz Carlos Busato (União-RS).
Para minimizar os danos à sua imagem, Nikolas Ferreira registrou uma Declaração de Voto na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional. O documento reitera seu apoio ao Projeto de Lei nº 6.064/2023, que assegura a pensão para crianças nascidas com sequelas neurológicas decorrentes do vírus Zika, reafirmando seu compromisso com a causa.
O projeto aprovado garante o pagamento vitalício de um salário mínimo para os afetados pela síndrome congênita da Zika, cujo pico de incidência no Brasil ocorreu entre 2015 e 2016. A medida visa amparar financeiramente as famílias que enfrentam os desafios impostos pelas sequelas da doença.
Fonte: http://www.metropoles.com
