Em meio à polêmica sobre o impacto no bolso do consumidor, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), revelou que a derrubada do veto presidencial que poderia aumentar a conta de luz foi uma manobra estratégica. A medida, relacionada ao Marco Regulatório de Energia Offshore, visava, segundo ele, garantir a manutenção de outros vetos considerados mais importantes para o país.
“A derrubada do veto relacionado à conta de luz foi feita em acordo com o governo Lula, como estratégia para preservar outros vetos importantes para o país”, declarou Guimarães. O deputado federal assegurou que o governo já prepara uma nova medida para mitigar qualquer impacto negativo nas tarifas de energia, demonstrando um esforço para equilibrar as prioridades e evitar prejuízos à população.
Guimarães elogiou a atuação das bancadas governistas na Câmara e no Senado, destacando o “compromisso e responsabilidade” dos parlamentares. A manobra, embora arriscada, demonstra uma articulação do governo para lidar com os desafios do Congresso e defender seus interesses.
O veto derrubado se referia a dispositivos adicionados ao Marco Regulatório de Energia Offshore, considerados “jabutis” por não terem relação direta com o tema original. A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) estima que o custo desses dispositivos poderia chegar a R$ 545 bilhões nos próximos 25 anos, com um impacto de R$ 197 bilhões até 2050 apenas com os vetos já derrubados.
Entre as mudanças restabelecidas pelo Congresso, está a possibilidade de prorrogação por até 20 anos dos contratos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa e eólicas, além da atualização dos preços dos contratos prorrogados. A questão agora é aguardar a nova medida do governo e avaliar seu impacto real na conta de luz dos brasileiros.
Fonte: http://www.metropoles.com