sexta-feira, junho 20, 2025

Fortaleza Nuclear de Fordow: O Coração da Ameaça Iraniana Desvendado

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A fortaleza nuclear de Fordow, incrustada nas montanhas do Irã, emerge como um símbolo da ambição nuclear do país. Localizada sob dezenas de metros de rocha sólida perto da cidade de Qom, a instalação é protegida por sofisticados sistemas de defesa aérea adquiridos da Rússia, tornando-a um alvo desafiador para qualquer ataque externo. Recentemente, o embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, ressaltou que apenas os Estados Unidos possuem o poder de fogo necessário para potencialmente atingir essa instalação subterrânea.

Documentos de inteligência israelenses, obtidos ao longo dos anos, revelam detalhes sobre a construção de Fordow, que se estima ter começado entre 2002 e 2004. Apesar dos recentes relatos de ataques, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que as instalações não sofreram danos significativos. A existência de Fordow foi revelada ao mundo em 2009 por uma declaração conjunta do então presidente dos EUA, Barack Obama, do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.

“O tamanho e a configuração desta instalação são inconsistentes com um programa pacífico”, alertou Obama na época, levantando sérias preocupações sobre as verdadeiras intenções do Irã. Dias antes do anúncio, o Irã comunicou à ONU sua intenção de construir uma nova unidade de enriquecimento de combustível, enquanto a construção de Fordow já estava em andamento há anos. Imagens da AIEA, datadas de 2002, mostram as primeiras obras em Fordow.

David Albright, chefe do Instituto de Ciência e Segurança Internacional (ISIS), com sede em Washington, afirma que “Fordow é, na verdade, um projeto que começou durante o que chamamos de programa nuclear de choque do início dos anos 2000”. Em 2009, imagens aéreas já revelavam uma estrutura externa, incluindo a escavação de um poço de ventilação crucial para a circulação de ar na instalação. Posteriormente, os iranianos camuflaram esse poço, como mostram imagens recentes, buscando ocultar suas atividades.

Questionado pela AIEA, o Irã justificou a construção da fortaleza subterrânea como uma medida para se proteger contra eventuais “ameaças de ataques militares”. Além disso, o país informou à agência que a instalação poderia abrigar até 3.000 centrífugas. Relatórios recentes da AIEA indicam que o Irã aumentou a produção de urânio enriquecido a 60% em Fordow, com a usina agora abrigando cerca de 2.700 centrífugas.

O ISIS alertou que “O Irã pode converter seu estoque atual de urânio enriquecido a 60% em 233 kg de urânio de grau militar em três semanas na Usina de Enriquecimento de Combustível de Fordow”, o suficiente para potencialmente produzir nove armas nucleares. A escalada na produção de urânio em Fordow intensifica as preocupações da comunidade internacional sobre as ambições nucleares do Irã e a ameaça que representa para a segurança global.

Fonte: http://revistaoeste.com

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