Os futuros de Wall Street operam em terreno negativo nesta sexta-feira, refletindo a crescente apreensão dos investidores em relação à escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio e às perspectivas para a política monetária americana. Após o feriado de Juneteenth, o mercado reage à possibilidade de uma intervenção militar dos EUA no conflito entre Israel e Irã, um cenário que adiciona mais incerteza a um ambiente já cauteloso.
A pressão vendedora também é influenciada pelas recentes declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Na última quarta-feira, Powell sinalizou que o banco central americano não tem pressa em iniciar o ciclo de cortes de juros, mantendo uma postura dependente dos dados econômicos. Essa postura mais conservadora, somada às incertezas sobre o impacto das tarifas propostas por Donald Trump, tem pesado sobre o sentimento do mercado.
“O Fed não tem pressa em iniciar cortes e seguirá guiado pelos dados econômicos”, ressaltou Powell em sua coletiva de imprensa na quarta-feira. Trump, por sua vez, criticou a postura de Powell, alegando que a demora nos cortes de juros está custando “centenas de bilhões de dólares” aos Estados Unidos.
No cenário internacional, os mercados da Ásia-Pacífico apresentaram um desempenho misto, com investidores atentos às crescentes tensões no Oriente Médio. Enquanto isso, na Europa, as bolsas operam em alta, buscando se recuperar de três sessões consecutivas de perdas, embora o alívio possa ser passageiro diante das incertezas globais.
No mercado de commodities, os preços do petróleo Brent recuam após a Casa Branca adiar a decisão sobre um possível envolvimento dos EUA no conflito entre Israel e Irã. Já o minério de ferro na China fechou em alta, impulsionado pela demanda resiliente pela commodity.
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