Após o feriado de Corpus Christi, o mercado financeiro brasileiro volta suas atenções para a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic para 15% ao ano. A medida, que representa o maior patamar desde 2006, foi unânime e sinaliza uma possível pausa no ciclo de alta, enquanto o Banco Central avalia os impactos das ações anteriores na inflação.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) optou por manter as taxas de juros inalteradas, na faixa de 4,25% a 4,50%. A decisão, a quarta consecutiva, reflete as incertezas da autoridade monetária em relação ao ritmo de cortes nas taxas até o final do ano, diante da desaceleração projetada para a economia. O mercado aguarda ansiosamente dados importantes, como o índice de manufatura de junho do Fed da Filadélfia e os Indicadores Econômicos Antecedentes do Conference Board para maio.
Na Europa, os investidores acompanham de perto o índice de confiança do consumidor de junho, buscando pistas sobre o desempenho da economia da Zona do Euro. A pesquisa pode fornecer insights valiosos sobre o sentimento dos consumidores em relação à inflação, emprego e perspectivas econômicas gerais.
Ainda no cenário internacional, a Casa Branca informou que o presidente Donald Trump tomará uma decisão sobre o envolvimento dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã nas próximas duas semanas. A declaração adiciona uma camada de incerteza aos mercados globais, já pressionados por tensões geopolíticas e preocupações com o crescimento econômico.
No Brasil, o país se declarou livre do vírus da gripe aviária, após encerrar o vazio sanitário e não registrar novos surtos em granjas comerciais desde maio. A retomada plena das exportações de carne de frango, no entanto, depende da decisão de cada país importador. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne de frango caíram cerca de 25% na média diária nas primeiras semanas de junho.
Fonte: http://www.infomoney.com.br