Em meio a crescentes tensões no Oriente Médio, o Irã declarou que não interromperá seu programa nuclear enquanto estiver sob ataques de Israel. A declaração surge em um momento crucial, com líderes europeus buscando reabrir negociações sobre o programa nuclear iraniano e a possível participação dos Estados Unidos nas tratativas.
A escalada entre os dois países ganhou novos contornos após ofensivas aéreas israelenses que, segundo o Exército de Israel, atingiram dezenas de instalações militares iranianas. Entre os alvos estaria a Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva, suspeita de envolvimento no desenvolvimento de armas nucleares.
Fontes iranianas confirmaram a destruição de uma instalação industrial dedicada à fabricação de fibra de carbono, material utilizado em mísseis. No entanto, o governo nega veementemente que o local estivesse ligado a projetos nucleares.
Os ataques israelenses, que tiveram início na semana anterior, têm como justificativa declarada impedir que o Irã desenvolva armamento nuclear. Em resposta, o Irã alega que seu programa tem fins pacíficos e retaliou com o lançamento de mísseis e drones.
Israel justifica suas ações como uma estratégia para enfraquecer o governo do aiatolá Ali Khamenei, além de atingir locais nucleares, estruturas de mísseis e, segundo denúncias, áreas civis. “Estamos visando a queda do regime? Isso pode ser um resultado, mas cabe ao povo iraniano se levantar por sua liberdade”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ambos os lados se acusam de atingir alvos civis. O governo israelense alega que o Irã ataca civis deliberadamente com munições de fragmentação, enquanto o Irã reconheceu ter atingido um hospital e outros locais civis em Israel, embora afirme que seus alvos são instalações militares e de defesa.
Fonte: http://revistaoeste.com