Em um gesto que resgata um costume secular, o Papa Leão XIV anunciou que passará parte do verão europeu no Palácio de Castel Gandolfo, residência papal histórica localizada nos arredores de Roma. A decisão marca uma mudança em relação ao seu predecessor, o Papa Francisco, que havia interrompido a tradição de passar temporadas na vila. Leão XIV permanecerá em Castel Gandolfo de 6 a 20 de julho, buscando um período de descanso e oração.
A escolha de Castel Gandolfo oferece ao pontífice um refúgio do calor intenso da capital italiana. Situada às margens do Lago Albano, a vila proporciona um clima mais ameno, com temperaturas que podem ser até 10°C mais baixas do que em Roma. O Vaticano informou que o Papa Leão XIV planeja retornar ao local em agosto para desfrutar de ao menos um fim de semana adicional.
Durante sua estadia, o Papa manterá algumas atividades religiosas. No dia 13 de julho, ele presidirá uma celebração na Paróquia Pontifícia de São Tomás de Vilanova, em Castel Gandolfo. No domingo seguinte, 20 de julho, oficiará uma missa na Catedral de Albano, demonstrando seu compromisso com a fé e com a comunidade local.
As audiências públicas e privadas do Papa estarão suspensas de 2 a 23 de julho. A Santa Sé prevê a retomada normal das atividades para 30 de julho. Este período de pausa permitirá que Leão XIV recarregue as energias e se dedique à reflexão em um ambiente mais tranquilo.
Castel Gandolfo, propriedade do Vaticano desde o século XVI, abrange uma área de 55 hectares, incluindo apartamentos papais, jardins renascentistas e uma fazenda leiteira em funcionamento. Durante a Segunda Guerra Mundial, o local serviu de refúgio para milhares de judeus e civis, protegidos da perseguição nazista sob o papado de Pio XII. O palácio, transformado em museu em 2016, permanecerá aberto ao público, permitindo que visitantes apreciem sua história e beleza.
Fonte: http://revistaoeste.com
