O São João de 2025 em Pernambuco promete ser um marco, com polos turísticos tradicionais como Caruaru, Gravatá, Petrolina e Arcoverde atingindo 100% de ocupação hoteleira, conforme dados do Observatório do Turismo de Pernambuco. A festa, que já é um símbolo da cultura local, impulsiona a economia e gera empregos por todo o estado.
Além dos grandes centros, cidades como Limoeiro, Taquaritinga do Norte, Bezerros e Santa Cruz do Capibaribe também registram altas taxas de ocupação, com uma permanência média de 2 a 4 dias. Carpina, na Zona da Mata, superou as expectativas, atingindo a lotação máxima. Este aquecimento no turismo reflete o sucesso de estratégias de descentralização.
Para Kaio Maniçoba, secretário estadual de Turismo, os números evidenciam o impacto de uma política focada no interior. “Temos a maior festa popular do Brasil distribuída em diversos polos regionais. Isso movimenta a economia, gera emprego e projeta Pernambuco nacionalmente”, afirma. A gestão da governadora Raquel Lyra tem priorizado o planejamento e a valorização do interior, colhendo frutos expressivos.
Caruaru, considerado o epicentro do São João, demonstra o poder da festa para além do entretenimento. Em 2024, o evento movimentou cerca de R$ 688 milhões, impactando diretamente o turismo, o setor têxtil, a economia criativa e os serviços. A expectativa é que os números de 2025 superem o ano anterior.
Jaime Anselmo Filho, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, ressalta a importância do evento para a região. “O São João aqui não é só entretenimento. É desenvolvimento econômico na prática. Gera emprego, atrai investimentos, fortalece o comércio local e impulsiona a cultura regional”, explica. A cidade, que influencia diretamente 37 municípios e cerca de 1,4 milhão de pessoas, se consolida como um polo de oportunidades.
O São João de Caruaru também se destaca pela integração entre cultura e cidadania. O programa São João na Roça leva festas e serviços públicos para comunidades rurais, promovendo o desenvolvimento social. “Antes da festa, a gente leva os serviços: reestrutura estradas, abastece postos de saúde, oferece emissão de documentos, realiza casamentos e promove ações sociais. O São João aqui é ferramenta de desenvolvimento social”, explica o secretário.
Com uma grade artística composta por cerca de 80% de atrações regionais, o ciclo junino de Caruaru valoriza a cultura local. São mais de 1.400 apresentações previstas ao longo dos 65 dias de evento, com artistas de música, dança, artesanato e artes visuais. “São patrimônios vivos da nossa cultura que perpetuam suas tradições ensinando em escolas, oficinas e comunidades. Isso alimenta a alma da cidade”, complementa Jaime.
O investimento no São João de Caruaru, que gira em torno de R$ 40 milhões, é justificado pelo retorno gerado para a economia local. A prefeitura aposta em parcerias público-privadas, com patrocínios que cobrem os cachês de grandes atrações. O turismo no São João influencia todos os setores, desde o transporte e a hotelaria até a alimentação e o artesanato, gerando renda para as famílias da cidade.
“Costumo dizer que o nosso São João é o nosso Natal. É quando as famílias se reencontram, quando o parente que mora no Sul ou no Sudeste volta às raízes”, afirma o secretário. Esse laço emocional, aliado à gestão e investimento, consolida Caruaru como um dos maiores polos culturais do Brasil, com a ambição de se tornar um destino internacional para o ciclo junino.