O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou a pressão sobre o general Walter Souza Braga Netto, réu na ação que investiga a tentativa de golpe de Estado. Moraes determinou que a defesa de Braga Netto apresente, em 24 horas, informações detalhadas sobre sua viagem de deslocamento para Brasília, onde participará de uma acareação com o tenente-coronel Mauro Cid. Os dados incluem horários, números de voos e o itinerário completo.
Essa acareação, agendada para as 10h de terça-feira (24/6) no STF, é crucial para o processo. Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro, terá a oportunidade de confrontar as declarações de Cid, feitas em sua delação premiada e em interrogatórios. A sessão ocorrerá presencialmente, marcando a primeira saída de Braga Netto da prisão desde sua detenção em dezembro.
Para garantir a segurança do réu e evitar exposição desnecessária, Moraes solicitou que as informações sobre a viagem sejam enviadas diretamente ao gabinete do ministro, por e-mail, e mantidas em caráter confidencial. Essa medida visa proteger Braga Netto durante o deslocamento, conforme apurado.
Braga Netto deverá arcar com os custos da viagem à capital federal e utilizará tornozeleira eletrônica durante o trajeto. Apesar de não haver escolta policial ou militar, o general estará sob monitoramento constante, 24 horas por dia, e deverá informar previamente seu local de hospedagem em Brasília.
A defesa de Braga Netto tentou, sem sucesso, adiar a data da acareação, alegando um compromisso internacional de um dos advogados. O pedido foi negado por Moraes, que manteve a data original. Desde sua prisão em 14 de dezembro, Braga Netto cumpre a detenção em uma sala adaptada no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. A cela possui janelas sem grades, armário, geladeira e, extraoficialmente, uma televisão.
Fonte: http://www.metropoles.com
