Os Estados Unidos realizaram, neste sábado, um ataque militar de grande escala contra o Irã, visando instalações nucleares consideradas estratégicas. A operação, batizada de “Martelo da Meia-Noite”, mobilizou um impressionante arsenal aéreo e armamentos de alta precisão, marcando uma escalada significativa nas tensões regionais. A ação detalhada envolveu um meticuloso planejamento e a utilização de tecnologia de ponta.
O ataque empregou aproximadamente 125 aeronaves, incluindo bombardeiros furtivos B-2, conhecidos por sua capacidade de penetrar defesas aéreas avançadas. Além disso, foram utilizadas 75 armas guiadas com precisão, demonstrando o foco dos EUA em minimizar danos colaterais. O Pentágono confirmou que esta foi a primeira vez em combate que as bombas penetradoras de alta potência, apelidadas de “fura-bunker”, foram utilizadas.
Em entrevista coletiva neste domingo, o general Dan Caine forneceu detalhes operacionais. Segundo ele, os bombardeiros B-2 decolaram da Base da Força Aérea de Whiteman, no Missouri. Mísseis Tomahawk foram lançados de um submarino, enquanto os B-2 lançaram 14 bombas penetradoras de concreto sobre alvos predefinidos.
A estratégia americana incluiu uma manobra de diversão. Um grupo de bombardeiros B-2 seguiu rumo oeste, com seu trajeto amplamente divulgado por sistemas de rastreamento de voo. O objetivo era desviar a atenção, enquanto outro grupo de B-2s, carregando as cargas reais, avançava em direção leste, mantendo o elemento surpresa sobre o verdadeiro alvo.
De acordo com autoridades militares, dezenas de aviões-tanque de reabastecimento em voo, caças de quarta e quinta geração e um submarino de mísseis guiados apoiaram a missão. Caine ressaltou a ausência de resposta defensiva iraniana durante os ataques: “não havia sinal de fogo de retorno das defesas iranianas”.
O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, enfatizou a complexidade e o longo preparo da operação. “Esse é um plano que exigiu meses e semanas de posicionamento e preparação, para que pudéssemos estar prontos quando o presidente dos EUA ligasse”, afirmou Hegseth. Ele também ressaltou a necessidade de “muita precisão”, envolvendo “desvios de direção e a mais alta segurança operacional”.
Ao se pronunciar no sábado à noite, o presidente Donald Trump declarou que “as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completa e totalmente destruídas”. Ele reforçou que o objetivo dos ataques foi exclusivamente interromper o programa nuclear iraniano. Hegseth reiterou que “a missão não era, não tem sido, sobre mudança de regime”.
Os voos dos bombardeiros B-2 nesta missão foram os segundos mais longos da história operacional da aeronave. Apenas um deslocamento de 40 horas em outubro de 2001, no início da guerra do Afeganistão, foi mais extenso. As autoridades afirmaram que “todos os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves”, segundo Caine.
Embora ainda não haja uma estimativa precisa dos danos, Trump encerrou seu discurso com um alerta direto ao governo iraniano. Ele advertiu que, caso não haja disposição para um acordo, “futuros ataques serão muito maiores e muito mais fáceis”, elevando a incerteza sobre o futuro das relações entre os dois países.
Fonte: http://revistaoeste.com
