A recente decisão do governo Trump de bombardear instalações nucleares no Irã gerou controvérsia, inclusive dentro do próprio campo conservador. A deputada republicana Marjorie Taylor Greene, conhecida aliada do ex-presidente, expressou publicamente sua discordância com a ação militar, lançando dúvidas sobre a unidade do movimento “Make America Great Again”.
Em uma postagem na rede social X, Greene questionou a necessidade do envolvimento americano no conflito. “Não haveria bombas caindo sobre o povo de Israel se Netanyahu não tivesse lançado bombas sobre o povo do Irã primeiro”, escreveu a deputada, defendendo que “esta não é a nossa luta. A paz é a resposta”. A declaração expõe uma divisão entre os apoiadores de Trump em relação à política externa.
Os comentários de Greene contrastam com a postura do ex-presidente, que celebrou os resultados do ataque. Em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou que “danos monumentais foram causados a todos os sites nucleares no Irã, conforme mostrado por imagens de satélite”. Ele descreveu a ação como um “alvo certeiro”, sem, no entanto, apresentar evidências concretas da extensão dos danos.
Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que as entradas dos túneis no complexo nuclear de Isfahan foram atingidas. Imagens de satélite também revelaram marcas de impacto de bombas “bunker busters” em Fordow, um dos principais alvos. No entanto, a agência ainda não confirmou se a instalação subterrânea foi destruída.
A divergência entre Greene e Trump sobre a ação no Irã lança luz sobre as diferentes visões dentro do movimento conservador em relação ao papel dos Estados Unidos no cenário internacional. Enquanto alguns defendem uma postura mais agressiva e intervencionista, outros, como Greene, pregam a não intervenção e a busca por soluções pacíficas.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br